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O protagonismo do pai

O papel do pai é fundamental para moldar futuros.

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Em um mundo em que os valores éticos e virtuosos parecem escorrer entre os dedos, a presença do pai no contexto familiar como orientador se torna um farol de esperança em meio à tempestade. Compreender o protagonismo paterno é mergulhar nas profundezas da ética das virtudes e na importância singular do pai como guia, referência moral e escudo protetor. Desenvolver nos filhos o exemplo de como crescer livres, apesar das influências corrosivas que cercam o nosso mundo, é uma tarefa crucial, sobretudo pela relativização e demonização da figura masculina tão presente na atualidade. O resultado desse colapso é catastrófico, à medida que pais se afastam de suas famílias e da responsabilidade da presença com seus filhos, em um ciclo que vai se perdendo na dificuldade de compreensão e de cerceamento de diálogo sobre o tema. Isso reforça que a presença e atuação da figura paterna no núcleo familiar se torna imprescindível. Inspirados por histórias da literatura e do cinema, podemos compreender como pais podem ser pilares de virtude e orientação, por mais que hajam dificuldades.

Em um contexto repleto de dilemas morais e desafios éticos, a figura do pai parece emergir como um farol de esperança, iluminando o caminho para uma vida virtuosa. Enquanto valores são testados e princípios são abalados, o papel do pai no contexto familiar, como orientador se torna crucial como uma bússola moral aos filhos. Sua presença, junto à mãe, oferece uma base sólida e segura, permitindo que os filhos naveguem pelo mar agitado da vida com integridade, sabedoria e, obviamente, com muito amor.

A ética das virtudes deve servir como guia e referência moral. Para um pai, isso deve estar bem claro, pois ele não apenas transmite conhecimento e sabedoria, mas também deve personificar os valores que ensina como um norte referencial, algo como “faça ou que eu falo, faça o que eu faço”.

Atticus Finch de “O Sol é para Todos”, exemplifica como a coragem moral, a força, a empatia e a integridade do pai molda o caráter dos filhos e proporciona um alicerce sólido para suas vidas.

O pai não só orienta, mas também protege. Em um mundo onde influências corrosivas tentam minar os valores e virtudes, a figura do pai surge como um escudo protetor. O personagem Maximus de “Gladiador”, enfrenta os desafios com determinação, assegurando que seus filhos sejam blindados contra as tentações que ameaçam corromper sua moral. O pai se torna o guardião, garantindo que os valores que ele incute em seus filhos permaneçam inabaláveis.

Desenvolver nos filhos a coragem e capacidade de crescerem livres, mesmo em um mundo contaminado por influências negativas, é um legado inestimável. Inspirados por histórias como a de Daniel Hillard de “Uma Babá Quase Perfeita”, estrelado por Robin Williams, um pai que, após o divórcio, se transveste de babá para continuar próximo aos seus filhos. Pais podem demonstrar que a autenticidade e a busca pela virtude não são comprometidas pelas pressões externas. Ao ensinar seus filhos a serem líderes éticos e a enfrentarem os desafios de cabeça erguida, os pais capacitam a próxima geração a resistir às tentações que corroem os valores.

O personagem do blockbuster “Rock, o Lutador”, estrelado por Silvester Stallone, destaca-se como um pai ausente, que aos poucos vai reconstruindo a relação com seu filho Robert “Rocky” Balboa, Jr. Sua dedicação e cuidado com o filho retratam como um pai que errou, inicialmente sem saber como lidar com o divórcio, sua ex-mulher e com seu filho, pode ser um protetor e um guia, mesmo diante de enormes adversidades. No filme, Rock tem a capacidade de quebrar a imagem do pai desinteressado e bruto, que não se importa com a sua família. Quando tudo parece perdido, o personagem aposta na reconstrução das relações que estão ao seu alcance e que lhe restaram. O esforço de Rock em treinar e trazer seu filho para a sua realidade acaba por servir como uma jornada de autoconhecimento e superação para pai e filho, fortalecendo relações e evidenciando que é possível aos pais ausentes buscarem a reconciliação para que possam se tornar um alicerce sólido, orientando e dando amor, independentemente das circunstâncias.

Em “King Richard: Criando Campeãs”, estrelado por Will Smith, uma biografia incrível de Richard Williams, o pai de Serena e de Venus Williams, campeãs mundiais de tênis, nos mostra como o protagonista tinha uma visão singular para o futuro de suas filhas. Mesmo com recursos limitados, investiu tempo e esforço em treiná-las desde cedo. Acreditando firmemente em seu potencial, ele desenvolveu um plano detalhado para nutrir suas habilidades e transformá-las em atletas de elite. Seu papel não se limitava apenas à orientação técnica, mas ele também se esforçava para transmitir valores essenciais, como disciplina, determinação e resiliência. Ele compreendia a importância de educar suas filhas, garantindo que recebessem uma base sólida para enfrentar os desafios que encontrariam fora do esporte. Sua visão era criar não apenas campeãs no tênis, mas também mulheres fortes e confiantes que poderiam enfrentar qualquer obstáculo na vida, a partir da visão de um pai comprometido a ponto de influenciar positivamente o destino de seus filhos. O filme é sobre um pai dedicado, que superou desafios financeiros, enfrentou ceticismo e nunca perdeu de vista sua visão de ver suas filhas alcançarem a grandeza.

À medida que o cenário ético se torna mais corrompido, o papel do pai como exemplo e protetor torna-se crucial no contexto familiar. Inspirados por exemplos da literatura e do cinema, compreendemos que os pais têm o poder de moldar futuros, não apenas orientando, mas também como inspiração, a partir de suas ações e erros, para capacitar seus filhos a crescerem com valores sólidos e um senso inabalável de ética. Ser pai é ter a força, dentro de suas possibilidades, de construir bons legados para a humanidade.

Jorge Quintão – IoP

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