A Receita Federal informou nesta quinta-feira (21) que a arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas atingiu R$ 181,04 bilhões em junho deste ano.
O resultado representa alta real (descontada a inflação) de 17,96% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação foi de R$ 153,47 bilhões (valor corrigido pela inflação).
O valor também é o maior para o mês de junho desde o início da série histórica da Receita Federal, iniciada em 1995. Ou seja, o maior valor para o mês em 28 anos. A série é atualizada pela inflação.
Segundo a Receita, o recorde na arrecadação de junho foi puxado, principalmente:
- pelo Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e pela Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que totalizaram uma arrecadação de R$ 34,269 bilhões, com crescimento real de 37,47%;
- pelo Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) – Rendimentos de Capital (investimentos), que teve arrecadação de R$ 15,207 bilhões, alta real de 97,42%. No mês de junho, ocorre a arrecadação do chamado “comecotas” para os fundos de renda fixa;
- pela receita previdenciária, que teve arrecadação de R$ 44,516 bilhões, com acréscimo real de 10,80%;
- pelos tributos federais PIS/Pasep e Cofins, que apresentaram, juntos, uma arrecadação de 34,241 bilhões, representando alta real de 11,80%.
Acumulado do ano
No primeiro semestre deste ano, ainda segundo os dados oficiais, a arrecadação federal somou R$ 1,090 trilhão, em valores nominais e arredondados.
Em valores corrigidos pela inflação, totalizou R$ 1,114 trilhão, o que representa alta real (descontada a inflação) de 11% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os números da Receita Federal também mostram que a arrecadação de janeiro a junho deste ano foi a maior para o período na série histórica corrigida pela inflação. Ou seja, mais um recorde.
Guedes vê crescimento ‘surpreendendo’
Após a apresentação dos resultados, o ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou o aumento do lucro das empresas.
“É um sintoma que o crescimento econômico está surpreendendo e confirma-se, assim, um ritmo de crescimentos sustentável”, declarou.
Guedes afirmou ainda que os recentes recordes de arrecadação estão sendo transformados em redução e simplificação de impostos.
O ministro citou a redução das alíquotas do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), de competência federal, e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cuja competência é estadual.
Ainda na avaliação do ministro, o ritmo de arrecadação vem se mantendo “forte”, acima das expectativas dos analistas, o que corrobora, na visão dele, a tese de que o Brasil vai entrar em ciclo de crescimento econômico.
Fonte: G1