Batatinha frita 1, 2, 3

O título do artigo te chamou a atenção, não é? Siga lendo para entender a relação entre Round 6, a indústria do entretenimento e os ideais de liberdade.

Começo este artigo com uma constatação um tanto quanto polêmica: a forma mais rápida e fácil de ganhar dinheiro é criticar aqueles que o geram. Observando os padrões das histórias que consumimos nas plataformas de Streaming é possível identificar semelhanças nos roteiros. Os mocinhos já não são mais os protagonistas, e isso não me aborrece, afinal, não há quem seja cem por cento bom ou mau. Tampouco temos a figura de um antagonista representando a distorção dos ideais de uma sociedade. Seja bem vindo à era da relativização.

Foto: Divulgação

Explorar a verdadeira natureza humana é lucrativo, pois nos identificamos com personagens que não são difíceis de encontrar no dia a dia. No entanto, se antes o padrão inalcançável defendido pela mídia era a idealização de um ser humano perfeito, hoje presenciamos um culto ao coitadismo. Nós, os nascidos a partir da década de 90, somos frágeis emocionalmente (isso me inclui). A deturpação dos conceitos estéticos de beleza; a tentativa de reduzir a linguagem a um nível em que seja possível restringir e controlar o pensamento; e o ódio a quem faz o que não conseguimos fazer… pasmem, isso VENDE!

Portanto, como diria Ayn Rand, em uma sociedade na qual a moral vigente defende a renúncia à busca pela felicidade como sendo a verdadeira felicidade, o fracasso dos nossos valores passa a ser uma medalha a ser ostentada aos quatro ventos.

Foto: Divulgação

Diante disso, uma inferência aceitável é de que histórias como Round 6 fazem sucesso pela capacidade de fortalecer no telespectador o sentimento de injustiça. Basta apontar o dedo a quem não desistiu de buscar a própria felicidade e criou algo que gere lucro. Ao invés de focar na elite governamental que aparelha os poderes e impede a realização dos nossos objetivos em prol da existência do Estado, a indústria segue vendendo soluções paternalistas aos que não desejam a responsabilidade pelo próprio futuro.

Não aceite ser medíocre.


Fonte: Boletim da Liberdade – Por Laura Ferraz

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