Boas ideias são fundamentais na guerra contra ideias ruins

O público em geral foi profundamente afetado ao longo das décadas pelo que Hayek chama de “os negociantes profissionais de ideias de segunda mão”

Escrevendo décadas atrás, Friedrich Hayek observou: “Em todos os países democráticos… prevalece uma forte crença de que a influência dos intelectuais na política é insignificante.” Hayek admitiu que isso era verdade “na medida em que eles podem influenciar o voto popular em questões nas quais eles diferem das visões atuais das massas”, mas ele alertou que, “durante períodos um pouco mais longos, eles provavelmente nunca exerceram uma influência tão grande. como fazem hoje. … Esse poder que eles exercem moldando a opinião pública”. Hoje, o papel dos intelectuais é mais reconhecido, pelo menos no papel de educadores em escolas e faculdades, na formação da ideologia do público em geral.

Mas o poder desses intelectuais se estende além até mesmo das escolas. De fato, é impossível recorrer a qualquer instituição, ao que parece, onde as pessoas em posições de liderança não pressionem por um controle governamental cada vez maior sobre nossas vidas. As instituições permeadas por essas ideias incluem, aparentemente, a maioria das instituições culturais, educacionais, comerciais e religiosas.

Isso não é um acidente. O público em geral foi profundamente afetado ao longo das décadas pelo que Hayek chama de “os negociantes profissionais de ideias de segunda mão”, que garantiram que qualquer pessoa que entrasse em contato com essas instituições fosse “educada” sobre a importância da ideologia intervencionista moderna.

Afinal, como observou Hayek, “o socialismo nunca e em lugar nenhum foi a princípio um movimento da classe trabalhadora”. Em vez disso, há muito tempo é domínio de artistas, gerentes, professores e líderes religiosos que continuamente inserem essas ideias na vida diária daqueles sob sua influência.

Muitos oponentes do socialismo e do intervencionismo assumem erroneamente que essas ideias podem ser detidas no nível político – que se alguns lobistas e ativistas políticos forem empregados, o sistema político estará protegido de más ideias.

Mas nessa fase do jogo, já é tarde demais.

Ideologias ruins culminam em políticas ruins

Em um país democrático, as ideias socialistas e intervencionistas ganham força apenas quando são apoiadas – ou pelo menos toleradas – por uma parcela considerável do público em geral. E como é fabricada a aceitação dessas ideias? Por anos de formação de opinião impulsionada por intelectuais nas instituições culturais e educacionais.

Mas como confrontar essas ideias?

A resposta está em combater a economia ruim com a boa economia e oferecer uma visão precisa da história no lugar de uma falsa retórica.

Afinal, quando se trata de história, todos nós aprendemos incansavelmente na escola – e praticamente em todos os outros lugares – que a história do mundo nos mostra que o capitalismo e a industrialização resultam em trabalhadores explorados, pobreza extrema e poluição ambiental. E é somente através da intervenção e regulamentação do governo que esses problemas podem ser resolvidos.

Uma visão mais honesta e precisa da história, porém, mostra que isso não é verdade. Na vida real, o capitalismo e a industrialização levaram a aumentos sem precedentes no padrão e na qualidade de vida.

Mas onde as pessoas encontrarão essa história? Certamente não nas escolas, em filmes populares ou na televisão.

Com a economia, o problema é semelhante. O público é constantemente confrontado com a ideia de que as leis econômicas não existem e que a prosperidade econômica requer apenas a vontade de ter o comando do governo para que todos se tornem mais ricos.

Enquanto essa ideia persistir sem contestação, pouco poderá ser feito para promover a verdadeira prosperidade econômica.


Ryan McMaken é bacharel em economia e mestre em políticas públicas e relações internacionais pela Universidade do Colorado. É editor sênior do Mises Institute.

Fonte: Mises Brasil

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