A Pesquisa Industrial Mensal Regional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela aumento da produção do setor em 12 dos 15 locais analisados, no mês de julho. A alta é reflexo da ampliação do movimento de retorno ao trabalho de unidades produtivas.
As maiores altas na comparação mensal foram nos estados do Ceará, com crescimento de 34,5%, e Espírito Santo, onde houve aumento de 28,3%. O IBGE destaca que o crescimento de 8,6% em São Paulo foi a principal influência no resultado nacional, já que o estado tem o maior parque industrial do país, com destaque para o bom desempenho dos setores de alimentos e de veículos automotores, além das máquinas e equipamentos.
O ganho acumulado em São Paulo nos três meses seguidos de crescimento é de 32%, ainda abaixo das perdas relacionadas à pandemia, já que indicador está 6% abaixo do índice de fevereiro. No Ceará, as altas foram nos setores de couro, artigos de viagens, calçados e vestuário, com alta acumulada de 92,5% em três meses seguidos de crescimento, ficando 1% abaixo do patamar pré-pandemia. O avanço acumulado em dois meses no Espírito Santo soma 28,6%.
Também registraram alta acima da média da indústria nacional em julho os estados do Amazonas (14,6%), Bahia (11,1%), Santa Catarina (10,1%), Pernambuco (9,5%) e Minas Gerais (9,2%). Completam a lista das altas no mês o Rio de Janeiro (7,6%), Rio Grande do Sul (7,0%) e Pará (2,1%). Registraram baixa em julho o Paraná (-0,3%), Goiás (-0,3%) e o Mato Grosso, que caiu 4,2% após dois meses de alta.
Na comparação anual o resultado é negativo em oito dos 15 locais pesquisados pelo IBGE, com queda de 3% na produção nacional. O Espírito Santo (-13,4%) e o Paraná (-9,1%) tiveram as quedas mais acentuadas na comparação com julho de 2019. Também registraram queda o Pará (-7,5%), Rio Grande do Sul (-7,5%), Bahia (-5,7%), Santa Catarina (-4,9%), Mato Grosso (-4,4%) e São Paulo (-3,3%).
As altas em relação a julho do ano passado foram registradas em Pernambuco, que cresceu 17%, Amazonas (6%), Goiás (4%), Ceará (2,7%), Minas Gerais (1,5%), Rio de Janeiro (1%) e Nordeste (0,9%).
Agência Brasil