A taxa de isolamento social no país deveria cair para 29%, ante os 37% atuais, para igualar a renda média dos domicílios antes da pandemia do novo coronavírus (covid-19). A estimativa foi divulgada hoje (9) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.
O órgão produziu uma nota técnica sobre o impacto da diminuição gradual do auxílio emergencial na economia. Segundo o relatório, quanto maior a queda no isolamento social, maiores as chances de a renda voltar para os níveis anteriores à pandemia do novo coronavírus.
O estudo comparou a renda média dos brasileiros de maio a outubro, excluindo o auxílio emergencial, e os rendimentos obtidos antes da pandemia. De acordo com a SPE, as famílias estão recuperando a capacidade de obter renda sem a ajuda do auxílio emergencial. Entre os trabalhadores informais nas camadas mais baixas da distribuição de renda, a situação atual aproxima-se rapidamente da observada em tempos de normalidade.
Na avaliação da SPE, o auxílio emergencial, que acaba em 31 de dezembro, conseguiu atender seus objetivos ao concentrar-se nas faixas menores de renda, em especial entre os trabalhadores informais, desocupados ou fora da força de trabalho (que desistiram de procurar emprego). A nota técnica revela que 53% dos benefícios foram destinados aos 30% dos domicílios mais pobres.
AB