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Jovem, temos uma notícia para você: não haverá nenhuma revolução!

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Foto: Daniel Lincoln/Unsplash

Jovem, se você é daqueles que acredita que haverá uma revolução, e que esta será liderada pela tecnologia, reconsidere. Tal ideia é totalmente contraditória.

Não haverá revolução e a tecnologia não levará a nenhuma revolução.

Por quê?

A essência de uma revolução é a centralização do poderEngels já sabia disso desde cedo, e fez questão de nos lembrar disso ao longo de vários anos. Não há nada mais centralizador do que uma revolução.

Todas as revoluções ocorridas na história geraram uma centralização do poder, inclusive a Revolução Americana.

Não estamos na iminência de uma revolução. Estamos, isso sim, à beira de uma não-revolução.

O que estamos vendo ao redor do mundo é uma descentralização. Estamos testemunhando a fragmentação do equivalente ao Império Romano. Não houve nenhuma revolução contra o Império Romano. Ele simplesmente se desintegrou. O mundo medieval foi um período de enorme descentralização.

Ao longo do século XVII, houve várias tentativas de iniciar revoluções. A Revolução Puritana na Inglaterra foi uma delas. Foi uma revolta contra o poder centralizado do rei, mas foi uma revolta feita em nome da centralização do poder no Parlamento. Ela simplesmente gerou um ditador militar, Oliver Cromwell, de 1649 a 1659.

Cromwell foi substituído por um novo rei em 1660, mas o parlamento continuou a centralizar o seu poder. A Revolução Gloriosa de 1688 e 1689 retirou muito do poder do rei, mas não reduziu o poder do governo; ela simplesmente transferiu o poder para o Parlamento.

O Parlamento então adotou uma peculiar teoria sobre ‘soberania parlamentar’ algo até então sem precedentes na história da tirania. Ele reivindicou, e ainda reivindica, soberania suprema sobre todos os aspectos da vida britânica. Não foi elaborada nenhuma constituição para conter o Parlamento britânico. Havia apenas o direito consuetudinário para contê-lo, o que já era de alguma importância. Mas o fato é que a centralização continuou. E continua até hoje.

Com uma intensa descentralização surge não uma revolução, mas sim uma secessão. E não me refiro a uma secessão ao estilo daquela que ocorreu no sul dos EUA, que era apenas uma maneira de centralizar o poder no sul do país. Aquilo não passou de um grupo de revolucionários armados que procuravam centralizar o poder na região que queriam controlar. Como eles próprios argumentavam, era uma repetição da Revolução Americana.

Revoluções significam centralização do poder. Quem não entender isso não irá entender o que está ocorrendo hoje com o mundo, e o que vem ocorrendo ao longo dos últimos 500 anos. Revoluções centralizam o poder. Se o objetivo é combater militarmente um poder centralizado, então os combatentes têm de centralizar o poder em torno de si próprios. Ao fazer isso, tudo o que é alcançado é simplesmente uma mudança de lealdade, a qual irá para esse novo grupo de centralizadores formados. Até hoje as pessoas ainda não aprenderam isso.

Os cercamentos privados que ocorreram na Inglaterra foram cruciais para o estabelecimento da liberdade inglesa. Todo o processo representava uma guerra contra o governo federal. Era uma guerra contra o poder centralizado. Era uma guerra contra burocratas que davam ordens ao povo sobre o que deveria ser feito com a propriedade.

Para fugir do sistema, você não tem de fazer uma revolução; você tem de fazer uma secessão. Você tem de retirar todo o seu apoio ao sistema vigente. Você tem de revogar a legitimidade que você conferiu a essas organizações. Você tem de fazer isso, e todas as outras pessoas também têm de fazer isso. 

E isso não é uma coisa que pode ser organizada antecipadamente. As pessoas simplesmente aprendem, escândalo após escândalo, arbitrariedades após arbitrariedades, que o estamento burocrático é incorrigível e que o sistema é irreparável. Ele não pode ser reformado.

Quem de fato comanda o estado, quem estipula as leis e as impinge, não são os políticos, mas o estamento burocrático: a permanente estrutura formada por pessoas imunes a eleições ou a troca de regimes. São estes que compõem o verdadeiro aparato controlador do governo.

O estamento burocrático é uma máquina estável que sempre procura fazer o sistema funcionar em benefício próprio. Ele resiste a qualquer arroubo (revolucionário ou reacionário) que possa causar desconforto.

E ele não pode ser “capturado desde dentro”. Ele tem de deixar de ser financiado. 

O segredo da liberdade não é a revolução; o segredo da liberdade é a deixar de financiar a ordem centralizada existente.

O segredo da estabilidade monetária e de uma moeda forte não é capturar o Banco Central e colocar lá “um dos nossos”, ou conceder a ela uma suposta independência. O segredo é a soberania monetária. Qualquer um utiliza a moeda que quiser sob uma ordem social de livre mercado. E isso só se consegue via secessão.

O segredo de uma melhor educação não é capturar e controlar o sistema público de ensino. O segredo de uma educação melhor é utilizar a internet (o que reduz sobremaneira os custos da educação), descentralizar todo o processo, e colocar os pais no controle do programa educacional de suas famílias.

O problema é que os conservadores e vários libertários são de lento aprendizado. Eles ainda insistem em dizer que o melhor a ser feito é capturar e controlar o sistema progressista, pois acreditam que têm um plano melhor para fazê-lo funcionar. Isso foi o que os bolcheviques fizeram com a burocracia do Czar. Isso foi o que os revolucionários franceses fizeram com a burocracia de Luís XVI. Isso foi o que os revolucionários americanos fizeram com a burocracia de George III. Isso é o que o sul dos EUA teria feito caso tivesse vencido.

A revolução tecnológica, a revolução “open source”, vai descentralizar o mundo de maneira mais intensa. A descentralização não vai levar a uma revolução.  A descentralização vai levar à secessão. Refiro-me a uma secessão ao estilo de Gandhi. Refiro-me à retirada do apoio. 

Você não tem de pegar em armas contra o estado; você simplesmente tem de se recusar a cooperar com ele. Agindo assim, você faz com que seja mais difícil e mais custoso para o estado tentar tiranizar você.

A Iugoslávia não existe mais. A União Soviética não existe mais. Essa é a onda do futuro. Os estatistas e os pretensos estatistas irão continuar em busca da Grande Revolução. Assim como Marx, eles veem como iminente a Grande Revolução. Só que ela nunca veio. A revolução comunista ocorreu justamente onde, segundo a própria teoria marxista, não deveria ter ocorrido: a área rural do império russo. O proletariado urbano não fez a revolução; quem a fez foi um bando de intelectuais alienados em conjunto com assaltantes de banco.

O que iremos testemunhar é o fim do apoio aos regimes centrais. As revoluções no mundo árabe não descentralizaram nada. Elas apenas reorganizaram a centralização nas mãos de um outro grupo de tiranos. É bom ver os antigos tiranos sendo humilhados e derrubados, pelo menos de longe. Mas isso não muda nada. O Egito é exatamente o mesmo que era sob o jugo de Mubarak. É uma ditadura militar. A revolução não trouxe nada de positivo.

Revolucionários têm de ter um objetivo centralizador. Pode ser explícito ou não, mas sempre há uma agenda centralizadora em todos os movimentos revolucionários. Todo revolucionário sempre acredita que sua revolução será a última. Todo revolucionário acredita que, quando ele finalmente estiver no controle da cadeia hierárquica de comando, as coisas serão diferentes. Sim, será diferente: teremos um grupo diferente de espoliadores pilhando a produtividade das vítimas.

Enquanto conservadores e alguns libertários continuarem sonhando com a captura e o controle de sistemas hierárquicos de poder, nada vai mudar.

Nenhum plano centralizador pode surgir de um sistema de comunicação descentralizado. Vivemos nos Bálcãs digitais, e não na Iugoslávia.

As redes sociais estão descentralizando o mundo. Elas estão”balcanizando” o mundo. E isso vai continuar.


Gary North é Ph.D. em história, ex-membro adjunto do Mises Institute, e autor de vários livros sobre economia, ética, história e cristianismo.

Fonte: Mises Brasil

Safra de grãos deve subir 6,4% em 2022

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Foto: Bradyn Shock/Unsplash

A safra de grãos brasileira 2021/2022 deve alcançar 271,8 milhões de toneladas, um aumento de 6,4% na comparação com o ciclo anterior, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa, que faz parte do 8º levantamento da safra divulgado pela empresa, aponta ainda um ganho de 2,5 milhões de toneladas quando comparado com a estimativa publicada no mês anterior.

Segundo a Conab, essa melhora na produção é explicada pela maior área plantada de milho de segunda safra, além do melhor desenvolvimento no final do ciclo das lavouras, sobretudo de arroz, milho e soja.

“Em final de abril, as culturas de primeira safra, estavam com a colheita praticamente finalizada, as de segunda safra, desde a fase de crescimento até o processo de colheita e as de terceira safra juntamente com as culturas de inverno, em fase inicial de plantio. Portanto, o resultado final do volume desta safra ainda depende do comportamento climático, fator preponderante para o desenvolvimento das culturas”, diz o levantamento.

A empresa informou que para o milho é esperada uma produção total 116,19 milhões de toneladas, elevação de 33,4% em comparação com a safra 2020/21. O levantamento mostra que a janela mais alongada para plantio da segunda safra somada às condições de mercado favoreceram o crescimento de área do cereal.

Em relação ao arroz, a produção será menor ao que foi produzido na safra passada. A queda estimada é de 9,1%. Com isso a safra deve ficar em 10,7 milhões de toneladas, das quais 9,9 milhões são de cultivo irrigado e 0,8 milhões com o plantio sequeiro.

Segundo a Conab, a soja também terá uma queda na produção, estimada em 123,8 milhões de toneladas, uma redução de 10,4% em relação à safra anterior.

Colheita de algodão. Foto: Wenderson Araujo/Trilux
Colheita de algodão – CNA/ Wenderson Araujo/Trilux

Já as safras de feijão e de algodão terão aumento em relação à safra anterior. Na de feijão, a Conab estima alta de 8,14% em relação à safra anterior, com a produção ficando em 3,14 milhões.

A safra de algodão deve subir 19,5%, favorecida, em parte, pelas condições climáticas e pelo aumento na área plantada. A estimativa é de que a safra seja de 2,82 milhões de toneladas de pluma.

“A cotação da pluma em patamar elevado, que proporciona boa rentabilidade ao produtor, foi a causa primordial nessa elevação da área de plantio”, disse a Conab.

Já as culturas de inverno, como aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale, segundo a Conab, ainda apresentam uma plantação incipiente e devem somar 9,8 milhões de toneladas, das quais 8,1 milhões de trigo e 1,1 milhão de aveia.

Área plantada

Em relação à área plantada, a Conab informou que a atual safra é estimada em 73,7 milhões de hectares, crescimento de 5,6% se comparada à safra 2020/21. Os maiores incrementos são observados na soja (4,4% ou 1,73 milhão de hectares), e no milho (9,4% ou 1,87 milhão de hectares).

A Conab informou também que não alterou as estimativas de importação de nenhum produto em relação ao levantamento anterior. Já a projeção para exportação de milho para 2022 subiu, passando de 37 milhões de toneladas para 38 milhões de toneladas.

Para os demais produtos, as estimativas de exportação foram mantidas: algodão em 2,05 milhões de toneladas, arroz em 1,3 milhão de toneladas, feijão em 200 mil toneladas e soja em 77 milhões de toneladas.

“No caso do trigo, as informações ainda são referentes à safra 2021, que possui o ano comercial de agosto de 2021 a julho de 2022. Para o cereal, a expectativa de venda para o mercado internacional segue em 3 milhões de toneladas”, disse a Conab.

IBGE estima safra recorde de 261,5 milhões de toneladas em 2022

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima uma safra recorde de cereais, leguminosas e oleaginosas para este ano: 261,5 milhões de toneladas. A previsão é do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado em abril, o que aumentou em 1% o cálculo feito na pesquisa de março.

Caso a previsão se confirme, o Brasil encerrará o ano com uma expansão de 3,3% (ou 8,3 milhões de toneladas a mais) na safra, em relação a produção do ano passado. A área colhida deve ser 4,9% maior do que a de 2021.

A alta de 2022 em relação a 2021 decorre da expansão esperada de 11,6% no algodão herbáceo em caroço (com safra de 6,5 milhões de toneladas), de 1,4% para o trigo (safra de 7,9 milhões) e de 27,5% para o milho (safra de 111,9 milhões).

Paralelamente, há projeção de queda de 12,2% para a soja (com safra estimada de 118,5 milhões) e de 8,5% para o arroz em casca (safra de 10,6 milhões).

Outras lavouras

Além dos cereais, leguminosas e oleaginosas, a pesquisa também faz estimativas para outros produtos importantes. São esperados aumentos para as safras de cana-de-açúcar (19%), café arábica (16,7%), café canephora (3,3%), laranja (2%) e banana (1,5%).

Segundo o IBGE, são estimadas quedas nas safras de mandioca (-2,7%), tomate (-7,8%), uva (-12,2%) e batata-inglesa (-5,5%).

Agência Brasil

Ministro entrega estudos de privatização da PPSA e da Petrobras

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Foto: Emmaus Studio/Unsplash

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, entregou, nesta quinta-feira (12), ao ministro da Economia, Paulo Guedes, pedido para iniciar os estudos de privatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), a estatal responsável por comercializar o óleo e o gás extraídos da camada pré-sal.

Em declaração à imprensa após a reunião, Paulo Guedes afirmou que encaminhará a proposta à Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos para análise de viabilidade. “O Adolfo [Sachsida], ministro de Minas e Energia, me entrega isso hoje e encaminho imediatamente à Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos para que ela faça uma resolução Ad referendum e inicie os estudos. Isso deve ser feito hoje mesmo e vamos dar sequência aos estudos para a PPSA e, depois então, para o caso da Petrobras”, afirmou Guedes.

Ontem, em seu primeiro discurso como ministro de Minas e Energia, Sachsida afirmou que é urgente dar prosseguimento ao processo de capitalização da Eletrobras e que vai priorizar os estudos para a privatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. Ele antecipou que seu primeiro ato como ministro seria solicitar a Guedes, presidente do conselho do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), a inclusão desses novos estudos de privatização.

Agência Brasil

Brasil e Japão assinam acordo para desenvolver agricultura digital

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Foto: Gabriel Jimenez/Unsplash

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o governo japonês, por meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), firmaram um projeto de cooperação para o desenvolvimento da agricultura digital e de precisão no Brasil. As primeiras ações do projeto estão previstas para segundo semestre de 2022.

O projeto Desenvolvimento Colaborativo da Agricultura de Precisão e Digital para o Fortalecimento do Ecossistema de Inovação e a Sustentabilidade do Agro Brasileiro visa promover o desenvolvimento de tecnologias agroindustriais sustentáveis, melhorar a produtividade e a sustentabilidade ambiental, e a rentabilidade do setor agrícola por meio da colaboração público-privada entre o Japão e o Brasil.

A iniciativa pretende apoiar o estabelecimento de uma plataforma de dados digitais da agropecuária. Além de apoio ao ecossistema de inovação agropecuária no Brasil, o projeto tem como principais componentes o desenvolvimento de uma plataforma de dados da agropecuária brasileira para disseminação de tecnologias e informações e a execução de três projetos piloto nas cadeias produtivas de pecuária de corte, grãos e sistemas agroflorestais.

Agência Brasil

Indústria cresce em nove dos 15 locais analisados pelo IBGE

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Foto: Greg Rosenke/Unsplash

A produção industrial cresceu em nove dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na passagem de fevereiro para março deste ano. A maior alta foi observada em São Paulo (8,4%), segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada hoje (10), no Rio de Janeiro.

Outros estados com alta acima da média nacional (0,3%) foram Ceará (3,8%), Mato Grosso (2,8%), Minas Gerais (2,4%), Rio de Janeiro (2,1%) e Paraná (0,6%). Única região analisada no estudo, o Nordeste teve expansão acima da média do país: 1,8%.

Outros estados com alta foram Amazonas (0,3%) e Bahia (0,1%). Ao mesmo tempo, seis estados tiveram queda na produção: Santa Catarina (-3,8%), Pará (-3,3%), Espírito Santo (-3%), Pernambuco (-1,1%), Rio Grande do Sul (-0,3%) e Goiás (-0,2%).

Outras comparações

Na comparação com março de 2021, houve alta em oito locais, com destaque para Mato Grosso (22,9%). Sete locais tiveram queda, sendo as mais acentuadas em Santa Catarina (-9,8%) e no Pará (-7,2%).

Mato Grosso também teve a maior alta (25,6%) entre os seis locais com crescimento na produção no acumulado do ano. Entre os nove locais com queda na produção, destacam-se Ceará (-12,8%) e Pará (-12,2%).

No acumulado de 12 meses, Mato Grosso e Minas Gerais anotaram altas de 7%. Outros sete locais tiveram expansão nesse tipo de comparação. Dos seis locais em queda, os piores desempenhos ficaram com Bahia (-8,2%) e com Pará (-7,1%).

Agência Brasil

Brasil negocia aumento da importação de potássio da Jordânia

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Foto: Branimir Balogović/Unsplash

As importações de potássio da Jordânia para o Brasil poderão aumentar, de forma a garantir o fornecimento desse importante fertilizante para a agricultura brasileira. Essa é a expectativa manifestada na última sexta-feira (7) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, durante a visita que fez à fábrica Arab Potash Company (APC), naquele país.

Na visita da comitiva do ministério à fábrica, que produz mais de 2,4 milhões de toneladas de potássio por ano, Montes reuniu-se com o presidente da empresa, Maen Nsour, de quem ouviu manifestações de interesse em ampliar as vendas do fertilizante ao Brasil.

“Essa visita é indicativa que teremos relação estratégica comercial de longo prazo” disse Nsour ao elogiar o potencial do mercado brasileiro para seu produto. “O Brasil é importante porque trabalha para a segurança alimentar do mundo”, disse o empresário.

Segundo o ministério, a Jordânia é o 7º maior produtor mundial de potássio, sendo a APC a oitava maior produtora mundial de potássio em volume. “As operações da APC estão localizadas a 110 km ao sul de Amã, onde a Companhia produz quatro tipos de potássio: potássio padrão, fino, granular e industrial”, informou a pasta.

Durante a visita à fábrica, Montes disse estar otimista com as negociações em curso. “Estamos acertando para que ela continue fornecendo potássio ao Brasil. Estamos recebendo uma quantidade razoável atualmente e, no próximo ano, receberemos aproximadamente 500 mil toneladas. Quem sabe em dois ou três anos passemos a receber mais de 1 milhão de toneladas dessa empresa”, disse o ministro brasileiro.

“Recebemos também a notícia de que a empresa abrirá escritório ono Brasil, para as negociações ficarem mais próximas”, acrescentou

De acordo com o Mapa, o Brasil importa cerca de 85% de todo o fertilizante usado na produção agrícola nacional. No caso do potássio, o percentual importado é de cerca de 95%.

O Brasil é o quarto maior consumidor do fertilizante e, em 2021, as importações desse produto ficaram acima de 41 milhões de toneladas, o que, segundo o ministério, equivale a mais de US$ 14 bilhões.

Nos próximos dias, a comitiva do Mapa visitará Egito e Marrocos, para tratar também do fornecimento de fertilizantes e da ampliação de investimentos no Brasil.

Agência Brasil

Mercado aéreo brasileiro foi o que mais cresceu em março no mundo, diz diretor da Iata

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Foto: Sasha Freemind/Unsplash

A demanda aérea do Brasil dobrou em março deste ano na comparação com março de 2021, figurando como o maior salto entre as economias avaliadas pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) no mês, disse Dany Oliveira, diretor-geral da associação no Brasil, em conversa com o Valor. A segunda maior alta foi dos Estados Unidos, com 70%. O resultado, segundo Oliveira, mostra a força do setor no país, mas as inseguranças regulatórias têm deixado o mercado internacional confuso sobre qual será o futuro da aviação por aqui.

“Essa conversa de volta da gratuidade de bagagem traz insegurança e confunde o investidor”, disse Oliveira. O fim da gratuidade da bagagem foi aprovado em 2016 por uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). De lá para cá, o Congresso já tentou retomar a gratuidade por pelo menos duas vezes (em 2019 e mais recente no início deste ano, condicionando a manutenção da regra a descontos nas passagens de parlamentares).

A mais nova empreitada para derrubar a gratuidade passou na MP do Voo Simples, aprovada pela Câmara. O governo já sinalizou que irá vetar o artigo que traz a volta da gratuidade, mas a repercussão negativa do texto fez muitas empresas de low cost (que oferecem baixas tarifas), que estudam o mercado brasileiro, se manifestar, como a JetSmart, Flybondi e Viva Air.

Oliveira defendeu ainda que o setor precisa vencer desafios regulatórios para conseguir atrair novas empresas, em especial as de baixo custo.

Globalmente, a demanda do setor em março (medida em RPK) apresentou alta de 76% na comparação com 2021. Segundo a associação, o resultado para o mês representa o ponto mais próximo do pré-pandemia em volume – embora ainda registre queda de 41% na comparação com igual mês de 2019.

O tráfego doméstico de março de 2022 aumentou 11,7% em relação ao mesmo período do ano passado, mas ficou 23,2% abaixo do registrado em igual mês de 2019. Já a demanda internacional saltou 285,3% em março contra 2021 (ante 2019, a demanda caiu 51,9%).

Fonte: Valor Invest

Feiras internacionais de agronegócios podem gerar US$ 4,5 bilhões

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Foto: Cloris Ying/Unsplash

O valor dos negócios fechados por empresas brasileiras em feiras internacionais de produtos do agronegócio poderá chegar a US$ 4,5 bilhões até o final do ano, de acordo com balanço da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Segundo a entidade, do total negociado, US$ 800 milhões já foram contratados, e outros US$ 3,7 bilhões devem ser concretizados até o fim do ano.

No primeiro trimestre de 2022, mais de 300 empresas brasileiras participaram, com o apoio da Apex, de 15 feiras internacionais de alimentos e bebidas, realizadas em cinco países. Apenas na Seafood Market Place for North America, realizada em março, em Boston, nos Estados Unidos, a maior feira de pescados da América do Norte, as empresas brasileiras fecharam negócios da ordem de US$ 400 milhões.

“Durante a pandemia [da covid-19], o Brasil se mostrou muito sólido e os outros países e grandes importadores puderam confirmar contratos de longo prazo. E isso se soma ao momento da nossa produtividade e aumento da produção. O Brasil conseguiu, durante a crise, manter o agronegócio funcionando muito bem, e isso ajuda nesse resultado”, destacou a coordenadora de Agronegócios da ApexBrasil, Paula Soares.

De acordo com a agência, até o fim de 2022, serão realizadas 41 feiras com participação dos brasileiros, apoiadas pelos ministérios da Agricultura e Pecuária e das Relações Exteriores, e a ApexBrasil.

“Ainda temos muitas oportunidades para as empresas brasileiras. Elas podem entrar no nosso site, conhecer os eventos nos próximos meses, e entender quais são os critérios de participação, inclusive se inscrever”, disse a coordenadora.

Agência Brasil

Emissão de debêntures incentivadas chega a R$ 2,5 bilhões, em março

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Foto: Hendrik Schlott/Unsplash

As emissões dos títulos privados isentos de Imposto de Renda (IR) que financiam projetos de infraestrutura, as debêntures incentivadas, chegaram a R$ 2,5 bilhões em março, segundo dados da 100ª edição do Boletim de Debêntures Incentivadas da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.

De acordo com a secretaria, foram distribuídas oito debêntures, vinculadas aos setores de energia e transporte.

Atualmente, o saldo desses títulos no mercado é de R$ 179,941 bilhões. Lançadas em 2012, as debêntures incentivadas permitem que as empresas peguem dinheiro emprestado de investidores para financiar projetos na área de infraestrutura ou outros investimentos. No caso de empreendimentos em infraestrutura, só podem ser financiados projetos definidos como prioritários conforme o Decreto 8.874, de 2016.

Os papéis têm como objetivo usar o mercado financeiro para ampliar as fontes privadas de recursos para grandes projetos e reduzir a dependência de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em troca do dinheiro emprestado pelos investidores, as empresas pagam a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais um prêmio, atualmente definido em 6,9%, superior à remuneração média do ano de 2021 (5,9%).

De 2012 a março de 2022, o volume total distribuído em debêntures incentivadas foi de R$ 173,8 bilhões.

Potencial de emissão

De acordo com a SPE, há potencial de emissão de debêntures no valor de R$ 218 bilhões relacionados a projetos de infraestrutura já aprovados. Por setores, esses recursos estão distribuídos em 74,3% para energia, 16,9% na área de transporte e logística, 8,4% em saneamento e mobilidade urbana e 0,5% para telecomunicações.

Agência Brasil

Pequena Indústria registra a melhor média do primeiro trimestre desde 2012

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Foto: Michal Jarmoluk/Pixabay

O primeiro trimestre de 2022 foi positivo para micros e pequenas indústrias, revela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta segunda-feira (2). O Panorama da Pequena Indústria indica melhora no Índice de Desempenho, que registrou a melhor média (45,5 pontos) no primeiro trimestre do ano desde 2012. No primeiro trimestre de 2021, o índice ficou em 43,9 pontos.

Em janeiro, o Indicador de Desempenho das pequenas indústrias registrou 43,3 pontos, resultado abaixo da média histórica (43,5 pontos), porém, nos meses seguintes, o desempenho melhorou. Na passagem para fevereiro, o índice cresceu 1,8 ponto e, em março, mais 2,9 pontos.

O Panorama da Pequena Indústria reúne quatro indicadores: desempenho, situação financeira, perspectiva e índice de confiança. Todos os índices variam de 0 a 100 pontos. Quanto maior ele for, melhor é a performance do setor.

Já o Índice de Situação Financeira das pequenas indústrias recuou para 41 pontos no primeiro trimestre de 2022. Na comparação com o quarto trimestre de 2021, o indicador mostra queda de 1 ponto, ou seja, revela uma piora da situação financeira no primeiro trimestre de 2022. Apesar da queda, o índice permanece acima de sua média histórica (37,8 pontos).

Segundo a CNI, o problema principal para as micro e pequenas empresas (MPEs) está na falta ou alto custo de matéria-prima. “A preocupação com a falta e o alto custo das matérias-primas aumentou na passagem do quarto trimestre de 2021 para o primeiro trimestre de 2022, diferentemente do que aconteceu com as empresas de maior porte. O desempenho da pequena indústria no trimestre foi positivo, mas esse problema segue travando o que poderia ser um melhor resultado. A piora da situação financeira é outro reflexo desse problema de insumos”, disse o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

A falta ou alto custo de matéria-prima permaneceu no primeiro lugar do ranking de principais problemas enfrentados pelas MPEs da indústria extrativa, de transformação e da construção. A elevada carga tributária se manteve na segunda posição também para os três segmentos industriais.

Confiança

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para as pequenas indústrias alcançou 56,4 pontos em abril de 2022, aumento de 5,1 pontos na comparação com o mesmo mês em 2021.

O Índice de Perspectivas da pequena indústria também apontou perspectivas favoráveis dos empresários da pequena indústria. O indicador registrou aumento de 0,6 ponto em abril de 2022, alcançando 51,3 pontos. A média do trimestre foi 3 pontos maior que a do mesmo período em 2021.

O Panorama da Pequena Indústria é divulgado trimestralmente com base na análise dos dados da pequena indústria levantados na Sondagem Industrial, na Sondagem Indústria da Construção e no ICEI. Todos os meses, os pesquisadores ouvem mais de 900 empresários de empresas de pequeno porte.

Agência Brasil