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Produção de gás natural cresce 5% em 2021 e bate recorde

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Foto: Pruthvi Sagar A R/ Unsplash

O Brasil produziu um volume recorde de gás natural em 2021, com aumento de 5% sobre a produção de 2020, informou hoje (3), no Rio de Janeiro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já a produção de petróleo teve queda de 1,18% em relação a 2020.

O total de gás natural produzido nos poços do país por dia no ano passado chegou a uma média de 134 milhões de metros cúbicos. Em 2020, a produtividade média foi de 127 milhões de metros cúbicos por dia (MMm³/d). No caso do petróleo, a produção caiu de 2,940 milhões de barris por dia em 2020, indo para 2,905 milhões de barris por dia em 2021. 

Os dados fazem parte do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural da ANP de dezembro de 2021, divulgado nesta quinta-feira. Quando considerado somente o último mês do ano passado, a produção de petróleo teve queda de 0,5% ante novembro, enquanto a de gás natural recuou 3,2%. Já na comparação de dezembro de 2021 com dezembro de 2020, ambas cresceram 4,1%.

O boletim da agência reguladora informou, ainda, que os campos operados pela Petrobras foram responsáveis por 93% da produção nacional de óleo e gás em dezembro. 

Pré-sal

Outro dado destacado é que os 133 poços em atividade no pré-sal foram responsáveis por 73,8% de todo o óleo e gás produzidos no Brasil. Nesses poços, o crescimento da produção no mês de dezembro, em relação a 2020, chegou a 11,5%, enquanto ante novembro de 2021, houve queda de 0,2%.

O aproveitamento do gás natural extraído dos poços em dezembro foi de 97,5%, segundo a ANP. Foram disponibilizados ao mercado 54,4 MMm³/dia, enquanto a queima de gás foi de 3,3 MMm³/d. O montante queimado foi 12,12% menor se comparado ao mês anterior e 9,2% maior frente ao mesmo mês em 2020.     

A ANP destacou que o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural do país, enquanto a plataforma Petrobras 70, no campo de Búzios, foi a instalação com a maior produção de petróleo, e o navio plataforma FPSO Cidade de Itaguaí, no campo de Tupi, foi a com maior produção de gás natural.

Os campos marítimos produziram em dezembro 97% do petróleo e 84,4% do gás natural do país. 

Agência Brasil

Produção do setor mineral cresce 7% em 2021 e faturamento aumenta 62%

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Foto: IlliYeen/Unsplash

A produção total do setor mineral brasileiro alcançou, no ano passado, 1,150 bilhão de toneladas, mostrando aumento de 7% sobre as 1,073 bilhão de toneladas de 2020. O faturamento global do setor atingiu R$ 339 bilhões, mais 62% em comparação aos R$ 209 bilhões registrados no ano anterior. Por estados, os maiores faturamentos foram observados no Pará, com R$ 146,6 bilhões (+51%); Minas Gerais, R$ 143 bilhões (+87%); e Bahia, R$ 9,5 bilhões (+67%). A participação do Pará no faturamento global caiu de 46%, em 2020, para 43%, em 2021, enquanto a de Minas Gerais subiu de 37% para 42%, no mesmo período.

As informações foram divulgadas hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). O forte aumento de preço das principais commodities minerais, combinado com a valorização do dólar, explica o crescimento do faturamento, disse o presidente do Conselho Diretor do Ibram, Wilson Brumer. Commodities são produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional. Segundo Brumer, houve queda no preço do minério de ferro entre junho e novembro de 2021, mas, mesmo assim, a média foi 47,5% maior do que a de 2020. A expectativa para 2022 é atingir números parecidos com os de 2021.

Minério

O minério de ferro respondeu por 74% do faturamento global do setor, em 2021, contra 66%, em 2020, seguido pelo ouro (8%) e pelo cobre (5%). Os dados apresentados mostram que as exportações brasileiras subiram 34% no ano passado, enquanto as exportações nacionais minerais evoluíram 58,6%, passando de US$ 36,5 bilhões, em 2020, para US$ 58 bilhões, em 2021. Embora não seja um setor importador, as importações minerais aumentaram no ano passado 120,8%, passando de US$ 4,1 bilhões para US$ 9,1 bilhões. As importações brasileiras tiveram expansão de 38,2%, em 2021, contra 2020. O saldo mineral evoluiu 50,7%, enquanto o saldo da balança comercial apresentou alta de 21,5%. Segundo o Ibram, o saldo mineral equivale a 80% do saldo Brasil em 2021. Em 2020, esse valor foi de 64,4%.

Em 2021, o Brasil exportou 357,7 milhões de toneladas de minério de ferro, contra 341,6 milhões de toneladas no ano anterior. Juntos, minério de ferro, ouro e cobre responderam por 91,8% das exportações em dólares. Os principais destinos do minério de ferro do Brasil foram China (68%), Malásia (6,4%) e Japão (3,6%). O principal produto importado pelo setor foi carvão metalúrgico, com aumento de 25% em toneladas. Os principais países supridores desse produto foram Colômbia (27%), Estados Unidos (26%) e Austrália (24%).

Tributos

O diretor-presidente do Ibram, Flávio Ottoni Penido, informou que em razão do aumento do faturamento, as empresas associadas recolheram 62% de tributos totais a mais, passando de R$ 66 bilhões para R$ 72,1 bilhões, de 2020 para 2021. Em termos de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), o aumento foi de 69,2%, subindo de R$ 6,08 bilhões para R$ 10,29 bilhões. Cerca de 85% da arrecadação da CFEM foram devido ao minério de ferro.

Penido disse que os municípios que arrecadam mais CFEM melhoram o seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e 9 dos 15 maiores arrecadadores desse tributo superam, inclusive, o IDH do estado. É o caso, por exemplo, de Parauapebas, cujo IDH alcança 0,715, contra o IDH do Pará de 0,646. A participação da CFEM na receita do município é de 40%.

O diretor-presidente do Ibram anunciou ter assinado hoje (1º) com a Associação de Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig) e com o prefeito de Nova Lima termo de cooperação para diversificação econômica das cidades mineradores que estiverem com exaustão das minas. O objetivo é preparar os municípios para uma diversificação econômica mais à frente.

O setor mineral emprega diretamente 200.393 pessoas, respondendo por 8% do total de empregos do país, contra 6,3% da indústria. Os investimentos previstos para o setor mineral de 2021 a 2025 somam US$ 41,3 bilhões, dos quais US$ 6 bilhões são investimentos socioambientais e US$ 35,3 bilhões em produção e infraestrutura. Desse total, estão em execução 47%, ou o correspondente a US$ 19,046 bilhões. Já os investimentos programados somam 53% (US$ 21,951 bilhões). O setor de mineração tem condições de crescer mais e de atrair mais investimentos, salientou Wilson Brumer. Os principais investimentos previstos são em minério de ferro (US$ 12,8 bilhões), bauxita (US$ 6,484 bilhões) e fertilizantes (US$ 6,388 bilhões).

Ações ambientais

Para não repetir as tragédias de Mariana e de Brumadinho, o presidente do Conselho Diretor do Ibram destacou que a Carta Compromisso firmada pelo instituto está evoluindo em ações ambientais até 2030, seguindo o conceito ESG (meio ambiente, social e governança).

Levantamento efetuado com as empresas associadas identificou 50 temas ou áreas para se alcançar as metas ESG até 2030, com a realização de investimentos superiores a US$ 18 bilhões entre 2022 e 2030.

Agência Brasil

Contas públicas registram superávit de R$ 64,7 bilhões em 2021

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Foto: Matthew Lancaster/Unsplash

As contas públicas registraram saldo positivo em 2021, segundo dados divulgados no dia 31, em Brasília, pelo Banco Central (BC). No ano passado, o setor público consolidado, formado por União, estados e municípios, apresentou superávit primário de R$ 64,7 bilhões, ante déficit de R$ 703 bilhões em 2020. O resultado, o primeiro positivo das contas públicas desde 2013, representa 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB) frente aos 9,41% de impacto registrados em 2020.

Os dados estão no relatório das Estatísticas Fiscais do BC. Segundo o banco, no mês de dezembro, o setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 123 milhões, ante déficit de R$ 51,8 bilhões em dezembro de 2020. No Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional), houve superávit de R$ 13,9 bilhões, e nos governos regionais e nas empresas estatais, déficits, na ordem, de R$ 12,8 bilhões e R$ 1 bilhão.

O resultado primário é formado pelas receitas menos os gastos com juros, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. Assim, quando as receitas superam as despesas, há superávit primário.

Em 2021, o resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, apresentou um déficit de R$ 383,7 bilhões (4,42% do PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), ante R$ 1,01 trilhão (13,6% do PIB) em 2020. Em dezembro, o déficit nominal atingiu R$ 54,2 bilhões, comparativamente a R$ 75,8 bilhões em dezembro do ano anterior.

Segundo o BC, o superávit primário do setor público consolidado, em 2021, de 0,75% do PIB, contribuiu para que o déficit nominal de 2021 também fosse o menor, em percentual do PIB, desde 2013, quando ficou deficitário em 2,96% do PIB.

Juros

O gasto com juros somou R$ 448,4 bilhões em 2021, contra R$ 312,4 bilhões em 2020. Os juros nominais atingiram R$ 54,4 bilhões em dezembro, frente a R$ 24 bilhões em dezembro de 2020.

O aumento foi influenciado pelas operações do BC no mercado de câmbio (swap cambial) que registraram perda de R$ 4 bilhões em dezembro de 2021, ante ganho de R$ 8 bilhões em dezembro de 2020, e pelo aumento da taxa Selic, atualmente em 9,25% ao ano.

O swap cambial é a venda de dólares no mercado futuro. Os resultados dessas operações são transferidos para o pagamento dos juros da dívida pública, como receita, quando há ganhos, e como despesa, quando há perdas.

Dívida pública

A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) fechou 2021 em R$ 5 trilhões, o que corresponde a 57,3% do PIB. O BC disse que o resultado mostra uma redução anual da relação DLSP/PIB de 5,3 pontos percentuais do PIB.

Segundo o BC, o resultado reflete, sobretudo, efeitos da desvalorização cambial acumulada no ano de 7,4%, (redução de 1,2 ponto percentual); do crescimento do PIB nominal (redução de 8,7 pontos percentuais), do superávit primário (redução de 0,7 ponto percentual), “parcialmente contrabalançados pelos juros nominais apropriados (aumento de 5,2 pontos percentuais) e pela variação da paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (aumento de 0,4 ponto percentual).”

Já a dívida bruta do governo geral (DBGG) – que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 7 trilhões ou 80,3% do PIB.

“No ano, a relação DBGG/PIB reduziu-se 8,3 pontos percentuais, resultado sobretudo do crescimento do PIB nominal (redução de 12,3 pontos percentuais), dos resgates líquidos de dívida (redução de 2,1 pontos percentuais), da incorporação de juros nominais (aumento de 5,8 pontos percentuais) e da desvalorização cambial (aumento de 0,4 ponto percentual)”, disse o BC.

Brasil encerra 2021 com folga de R$ 119,7 bilhões na regra de ouro

O superávit primário de R$ 13,824 bilhões em dezembro fez a equipe econômica encerrar 2021 numa situação que não ocorria desde agosto de 2019. O Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – alcançou, no mês passado, folga de R$ 119,7 bilhões na regra de ouro, que funciona como espécie de teto para a dívida pública.

Instituída pelo Artigo 167 da Constituição de 1988, a regra de ouro determina que o governo não pode se endividar para financiar gastos correntes (como a manutenção da máquina pública), mas apenas para despesas de capital (como investimento e amortização da dívida pública) ou para refinanciar a dívida pública.

Nos últimos anos, os sucessivos déficits fiscais vêm pondo em risco o cumprimento da norma, o que tem levado o Tesouro a buscar fontes de recursos para ter dinheiro em caixa e reduzir a necessidade de emissão de títulos públicos.

Com o governo arrecadando mais do que gastou em dezembro, o superávit primário permitiu a entrada de dinheiro em caixa que diminuiu temporariamente a necessidade de emissão de títulos públicos. A folga, no entanto, será temporária. Com o Orçamento de 2022 prevendo déficit primário de R$ 79,3 bilhões, o Tesouro projeta insuficiência de R$ 125,7 bilhões para a regra de ouro neste ano.

Esses R$ 125,7 bilhões precisarão ser aprovados pelo Congresso Nacional por maioria absoluta, na forma de créditos suplementares no Orçamento. Segundo o Tesouro Nacional, o dinheiro financiará principalmente gastos com a Previdência Social em 2022.

Além da arrecadação recorde, que garantiu a entrada de serviços das contas públicas, alguns fatores ajudaram a reduzir a insuficiência da regra de ouro em 2020. Um deles foi a incorporação de R$ 140 bilhões de superávits de fundos financeiros para o colchão da dívida pública (reserva financeira que cobre o vencimento da dívida pública em momentos de crise). A devolução de R$ 62,6 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro foi outro fator.

Banco Central do Brasil e Agência Brasil

Antaq abre consulta pública sobre desestatização do Porto de Santos

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Foto: Alberto Ruy/MInfra

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) abre hoje (31) consulta pública para receber sugestões e contribuições sobre a desestatização do Porto de Santos (SP). Os interessados têm até o dia 16 de março para contribuir, exclusivamente, por formulário eletrônico disponível na internet.

“Caso o interessado não disponha dos recursos necessários para o envio da contribuição por meio do formulário eletrônico, poderá fazê-lo utilizando o computador da Secretaria-Geral (SGE) desta agência, em Brasília (DF), ou nas suas unidades regionais, cujos endereços se encontram disponíveis no portal da Antaq. As contribuições recebidas serão disponibilizadas aos interessados no site da agência”, informou, em nota, a Antaq.

Concessão

Segundo a agência, o prazo de concessão do terminal portuário será de 35 anos, prorrogável por mais 5 anos. Os investimentos previstos para adequação da infraestrutura do porto totalizam R$ 16 bilhões. Esses investimentos deverão ser feitos ao longo da vigência do contrato.

A outorga inicial será de R$ 1,383 bilhão, “além de contribuição variável ao Poder Concedente equivalente a 2,25% ao ano sobre a receita bruta consolidada”, informa a Antaq.

Caberá ao futuro concessionário pagar, também, uma taxa anual de fiscalização de R$ 6,422 milhões à Antaq. Esse valor custeará o trabalho de fiscalização e regulação no modelo de concessão.

Ainda segundo a Antaq, arrendatários, detentores de Contratos de Transição, armadores, transportadores marítimos, operadores portuários, Terminais de Uso Privado do complexo portuário, concessionários de ferrovias que operem no Porto de Santos, bem como empresas pertencentes ao grupo econômico poderão participar do certame, “mas com limitação de share de 15% de participação individual e de 40% quando integrarem consórcio junto a outros grupos da mesma natureza”.

De acordo com o modelo proposto pela Antaq, está previsto um aporte financeiro de aproximadamente R$ 3 bilhões, a serem pagos pelo futuro concessionário, para a construção de um túnel que ligará os municípios de Santos e Guarujá.

Agência Brasil

Anatel aprova operações da rede de satélites Starlink, da SpaceX

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Foto: Marek Piwnicki/Unsplash

O Conselho Diretor da Anatel tomou na manhã de sexta-feira, 28, três importantes decisões para a implantação de serviços de satélites de baixa órbita no Brasil. A mais notável foi a autorização para que a Starlink, operadora de satélites pertencente ao bilionário Elon Musk, comece a funcionar no país.

O conselheiro Emmanoel Campelo, que trouxe o processo à reunião, sugeriu pequenas mudanças no aval originalmente proposto pelo conselheiro Vicente de Aquino, que sugeriu em dezembro passado a aprovação da licença da Starlink.

Campelo sugeriu que a outorga conferida à Starlink traga expresso que a autorização abarca 4.408 satélites de órbita baixa da empresa. E que a agência sempre delibere sobre qualquer aumento da constelação LEO da empresa. O aval tem validade até 28 de março de 2027. A proposta foi acompanhada de forma unânime pelos demais conselheiros, Carlos Baigorri, o relator Aquino, e Moisés Moreira.

Moreira enfatizou a importância dos acréscimos propostos por Campelo, ao lembrar que a Starlink tem autorização, nos Estados Unidos, para colocar em órbita 42 mil satélites. Segundo ele, há ainda um vácuo na coordenação internacional de constelações de órbita baixa.

Algumas empresas tendem a querer ocupar esse vazio de harmonização mundial, disse, o que pode inibir o desenvolvimento da competição no setor no futuro. Daí ser importante prever que a agência analise qualquer expansão futura da constelação, a fim de garantir que a concorrência exista em um mercado ainda pouco conhecido.

A Starlink também deverá deixar expresso ao consumidor que seu sistema não tem garantia contra interferências, uma vez que terão prioridade as constelações Kepler, em banda Ku, e O3B, em banda Ka, na exploração de satélites não-geoestacionários no país.

Swarm e Oneweb

O conselho votou também a aprovação da licença de operação da constelação de satélites de órbita baixa Swarm, dedicados a internet das coisas, por parte das empresas Orbcomm e Swarm Brasil. Foi unânime a decisão em favor do direito de exploração do serviço. Mas neste caso, o licenciamento tem validade até 7 de setembro de 2035.

Outro tema analisado foi o conflito apontado pela OneWeb na elaboração da lista de pedidos de licenciamento. Pelas regras da Anatel, o direito de exploração de satélite estrangeiro e constelações não-geoestacionárias no país é distribuído às empresas por ordem de chega. Quem protocolar antes o pedido, tende a receber o direito e garantir a proteção de interferências causadas por concorrentes que chegarem depois.

A OneWeb diz que deveria ter sido priorizada em relação à Startlink, por ter apresentado seu pedido de direito de exploração ainda em 2018. No entanto, foi parar no fim da fila.

Segundo relatou Campelo, o motivo para a OneWeb ter perdido o lugar foi a demonstração de falta de interesse e anúncio de pedido de falência, que resultou na venda da empresa para o governo britânico e operadora indiana. A empresa chegou a enviar comunicação à Anatel informando que não poderia mais negociar o direito de exploração por conta do pedido de falência aberto nos Estados Unidos.

Apenas depois de vendida, com novos sócios, a OneWeb reabriu o pedido de direito de exploração, em 25 de agosto de 2021. Essa data passou a ser considerada pela Anatel. Campelo propôs, e todos os demais conselheiros concordaram, que diante desses fatos, a empresa não pode reclamar da ordem de pedidos presentes na lista da agência, negando a solicitação de voltar ao topo da relação.

Telesíntese

Programa Nacional de Serviço Civil Voluntário é lançado

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Foto: Jeriden Villegas on Unsplash

O governo focará seus esforços na geração de emprego e no combate à inflação. A afirmação foi feita pelo presidente, hoje, durante a assinatura do protocolo de intenções para oferta de vagas de qualificação no Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário.

O programa pretende ajudar trabalhadores desempregados, com idades entre 18 e 29 anos, a adquirirem experiência profissional, com a ajuda de cursos de qualificação. Beneficiará também trabalhadores com idade acima de 50 anos, que estão fora do mercado há mais de dois anos.

O objetivo do governo é, com a ajuda dos municípios, aumentar a empregabilidade desses trabalhadores e transferir renda através da bolsa qualificação, de forma combinada com a execução de atividades de interesse público nos municípios participantes. Pretende, também, amenizar os impactos sociais no mercado de trabalho decorrentes da crise causada pela covid-19.
“Os municípios que optarem por participar do programa irão se encarregar da organização local das atividades de interesse público e do pagamento da bolsa qualificação, devendo observar a regulamentação da Medida Provisória e outras disposições do Ministério do Trabalho e Previdência”, informa a Secretária-geral da Presidência da República.

Ainda de acordo com o governo, os cursos serão oferecidos pelos serviços nacionais de aprendizagem (Senai) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com prioridade para qualificação nas atividades econômicas mais importantes do município: “a participação dos municípios é voluntária, a depender de sua capacidade de execução. O programa terá duração até 31 de dezembro de 2022”.

Informalidade

Segundo o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, o serviço civil voluntário abre “uma porta extraordinária” para esses trabalhadores. Ele lembrou que, atualmente, o Brasil tem 40 milhões de trabalhadores na informalidade, e que é grande a dificuldade desses trabalhadores para conseguir o primeiro emprego, por falta de qualificação.

“Agora, prefeituras de todo o Brasil poderão receber esses jovens para trabalhar meio turno, receberem bolsa de meio salário-mínimo, com direito a vale-transporte e seguro de acidentes pessoais. Durante um ano serão blindados e premiados pelo sistema S brasileiro com mais de 200 cursos de qualificação”, disse o ministro.

Lorenzoni esclareceu que a responsabilidade da prefeitura será a de garantir que, a cada semestre, os trabalhadores desempregados façam um curso de qualificação.

Emprego e inflação

Em seu discurso, o presidente Jair Bolsonaro disse que a assinatura do protocolo de intenções é mais uma entre as “duas ou três ações excepcionais” que semanalmente seu governo anuncia.

“Não basta, individualmente, você ou eu, estarmos bem e o Brasil não estar bem. O Brasil, estando bem, todos nós estaremos bem também, tendo oportunidade de melhorar nossas vidas. Essa proposta que hoje se materializa é mais uma das bem-vindas”, disse o presidente.

“Continuaremos nosso trabalho, buscando, esse ano, dar ênfase total à geração de emprego e ao combate à inflação”, disse o presidente.

Agência Brasil

Faturamento da indústria de máquinas e equipamentos sobe 21,6% em 2021

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Foto: FLY&I/Unsplash

A receita líquida do setor de indústria de máquinas e equipamentos no país aumentou 21,6% em 2021, na comparação com o ano anterior, revela balanço da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). A média mensal de receita em 2021 ficou em R$ 18,5 bilhões e o total anual, em R$ 222,4 bilhões.

Na comparação mensal, em dezembro de 2021, as receitas líquidas de vendas mantiveram a desaceleração observada desde o início do segundo semestre, um total de R$ 17,1 bilhões, o que representa queda de 6,9% em relação ao mês de novembro. Ainda assim, houve crescimento de 0,4% na comparação com dezembro de 2020.

A receita líquida interna de dezembro teve queda de 9,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior e aumento de 25,3% no ano de 2021 na comparação com 2020. A receita em dezembro de 2021 chegou a R$ 11 bilhões e a R$ 168 bilhões em todo o ano.

Já as exportações de máquinas e equipamentos recuaram em dezembro de 2021 (31,8%) na comparação com o mês anterior. No entanto, frente a dezembro do ano anterior, houve aumento de 46,4% em dezembro, quando se alcançou receita de US$ 1 bilhão, o que resultou em crescimento acumulado no ano de 34,2%, chegando ao total de US$ 9,3 bilhões em 2021. Em dezembro de 2021, o valor acumulado das exportações representou 24,4% da receita de vendas do setor.

Nas importações de máquinas e equipamentos, também houve crescimento no mês de dezembro (7,3%) na comparação com novembro e na comparação interanual (26,7%). No ano, o crescimento acumulado chegou a 23,4%.

Segundo a Abimaq, as importações estabilizaram-se em nível observado antes da pandemia da covid-19, ao redor de US$ 1,8 bilhão por mês.

Agência Brasil

Portos do Brasil registram movimentação e faturamento recordes em 2021

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Foto: Ricardo Botelho/MInfra

Os portos de Santos, Suape e os do Rio de Janeiro bateram recorde de movimentação e faturamento no ano de 2021. De acordo com as companhias que administram os terminais, os principais fatores para esse crescimento foram a taxa de câmbio e a alta da exportação de commodities.

Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), até outubro do ano passado, o setor já havia movimentado 1,010 bilhão de toneladas de cargas, um aumento de 5,5% em relação ao mesmo período de 2020.

O porto de Santos atingiu a marca de 147 milhões de toneladas em movimentação de cargas, um número 0,3% maior que o registrado em 2020. O que motivou o resultado, segundo a companhia, foram a movimentação de contêineres, soja e fertilizantes. Além disso, o número de importações cresceu 10,4%, somando 43,9 milhões de toneladas.

A Companhia Docas do Rio de Janeiro, responsável pela administração dos portos da capital, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis, registrou recorde histórico de faturamento, com a marca de R$ 1 bilhão, um crescimento em termos nominais de 62,1% em relação a 2020.

Segundo o diretor-presidente da Docas do Rio, Francisco Antônio de Magalhães Laranjeira, o resultado foi impulsionado tanto pela alta na movimentação de cargas, quanto pelas variáveis como a taxa de câmbio e o preço do minério de ferro no mercado internacional, que amplificaram as receitas da exportação deste produto.

O porto de Suape, em Pernambuco, registrou também um faturamento recorde, de mais de R$ 260 milhões, o que representa um aumento de 14% em relação a 2020. O terminal conseguiu aumentar a receita, mas não a movimentação. Isso porque a Refinaria Abreu e Lima, responsável por 30% da carga do porto, teve uma paralisação obrigatória por 60 dias, para manutenção das instalações.

O diretor de Gestão Portuária do terminal de Suape, Paulo Coimbra, explica que, com a falta dos granéis líquidos que vinham da refinaria, a parte administrativa buscou exportar e importar outros produtos que compensassem a perda de receita, como dos granéis sólidos.

“O trigo teve um crescimento anormal para esse período, de 12% em relação a 2020. Os contêineres também movimentaram o porto e tiveram um aumento de participação de 7%, mesmo com as tarifas um pouco altas aqui em Suape. O setor de metal mecânico também teve crescimento significativo, as chapas de aço, por exemplo, cresceram 25%.”, explica.

De acordo com o diretor de Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA), José Ronaldo Junior, o crescimento significativo na importação de insumos produtivos e a retomada de produção da indústria foram os responsáveis pelo aumento nas movimentações nos terminais portuários.

“No ano de 2020 tivemos uma falta de contêineres por conta da pandemia, já que os portos fecharam e eles ficaram parados nos portos com produtos. Em 2021 continua falta de contêineres, mas menos, então o crescimento de um ano para outro pode ser explicado por isso. Dos commodities, a soja foi o principal destaque, porque teve aumento de produção e exportação, em termos nacionais, no ano passado.”, explica.

Além disso, o minério de ferro também teve um crescimento importante, principalmente em exportações. De acordo com a ANTAQ, o minério de ferro é a maior mercadoria em termos de carga do país, seguido pelo óleo bruto de derivados de petróleo, e em terceiro as cargas de contêineres.

União Nacional da Bioenergia

Royalties sobre produção de petróleo somaram valor recorde em 2021

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Foto: Tarso Ghelli/Agência Petrobras

A arrecadação da União, estados e municípios com royalties e participação especial sobre a produção de petróleo e gás natural foi recorde em 2021, segundo balanço divulgado hoje (27) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Foram distribuídos R$ 37,6 bilhões de royalties e R$ 36,8 bilhões de participação especial para estados, municípios e União, valores que superam em 65% o que foi arrecadado em 2020.

A agência reguladora explica que o aumento da arrecadação se deve principalmente à alta do preço do barril de petróleo no mercado internacional e à perda de valor do real frente ao dólar. A ANP também destaca que houve crescimento da produção dos campos sob o regime de partilha de produção, localizados no polígono do pré-sal.

Os royalties são uma  compensação financeira paga pelas empresas que produzem petróleo e gás natural à União, às unidades federativas e aos municípios, já que as receitas são obtidas a partir de recursos não renováveis que pertencem ao país. 

A cobrança incide sobre o valor da produção de cada campo e é paga mensalmente por essas empresas. Para chegar ao valor devido pelas petrolíferas por campo de produção, a ANP leva em conta a alíquota prevista no contrato para exploração e produção de petróleo e gás, a produção mensal de petróleo e gás natural do campo e o preço de referência desses recursos no mês.

Já a participação especial é distribuída trimestralmente aos entes públicos e é uma compensação financeira extraordinária devida pelas empresas que exploram campos com grande volume de produção ou grande rentabilidade. 

Nesse caso, as alíquotas são progressivas e variam de acordo com a localização, o número de anos de produção e o volume produzido pelo campo no trimestre. A cobrança é, então, aplicada sobre a receita líquida da produção trimestral de cada campo, considerando as deduções previstas em lei (royalties, investimentos na exploração, custos operacionais, depreciação e tributos).

Agência Brasil

Pequenas empresas são responsáveis por 70% dos novos empregos

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Foto: Marc Kleen/Unsplash

Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostra que as micro e pequenas empresas seguem como as principais geradoras de novas vagas de emprego. De acordo com levantamento, feito com base no Caged, o setor foi responsável por cerca de 76% das vagas de emprego no país. Os dados correspondem ao mês de novembro de 2021. 

Na avaliação do Sebrae, há 15 meses seguidos os pequenos empresários geram a maioria das vagas de emprego no Brasil. A média mensal do período é superior a 70% de participação na criação de novas vagas. 

O comércio foi responsável pela abertura de 116,7 mil postos, seguido pelos setores de serviços (98,7 mil), construção (16,7 mil) e indústria (15,2 mil). 

No caso das empresas de médio e grande porte, o maior número de postos de trabalho foi gerado nas firmas do setor de serviços (80,8 mil vagas), seguido pelo comércio (21,3 mil). A agropecuária, indústria e a construção apresentaram saldo negativo de criação de novas oportunidades. 

Agência Brasil