Início Site Página 15

Brasil se torna segundo país em maturidade de governo digital

0
Foto: Rodion Kutsaiev/Unsplash

O Brasil foi reconhecido pelo Banco Mundial como o segundo país do mundo com a mais alta maturidade em governo digital. A avaliação é resultado do GovTech Maturity Index 2022, índice que considera o estado atual da transformação digital do serviço público em 198 países. De acordo com o entrevistado do programa A Voz do Brasil desta quinta-feira (17), o secretário de Governo Digital do Ministério da Economia, Fernando Mitkiewicz, o Banco Mundial faz a avaliação baseado em 4 eixos (sistemas governamentais centrais, prestação de serviços públicos, engajamento do cidadão e habilitadores GovTech) e o Brasil atingiu a nota máxima em todos. “Cada órgão federal tem um plano de transformação digital monitorado mensalmente. É uma visão bem elaborada, uma estratégia bem definida e uma execução primorosa”, disse.

Segundo a avaliação, o Brasil teve o maior avanço entre as nações avaliadas, subindo cinco posições em relação ao ranking divulgado em 2021, passando do sétimo para o segundo lugar.

A oferta de serviços públicos digitais por meio da plataforma gov.br foi destaque na avaliação. Atualmente, o serviço reúne 140 milhões de usuários, o que equivale a 80% da população brasileira acima de 18 anos. A plataforma reúne, entre outros serviços, as Carteiras Digitais de Trânsito e de Trabalho, Abono Salarial, Certificado de Vacinação, Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), além do Valores a Receber, do Banco Central. O uso de um único login e senha para acesso aos serviços digitais é considerado um dos grandes avanços do país. “Antes o cidadão tinha de perambular perante cada portal de cada órgão tendo o cadastro de cada órgão e tendo uma relação de serviços e informações muito fragmentada. O gov.br ele vem como plataforma para congregar todas essas informações, todos esses serviços numa carta única padronizada e o cidadão tendo uma única conta.”, disse o secretário. Segundo ele a economia anual com a digitalização chega a R$ 4,6 bilhões para estado e população.

Mitkiewicz tranquiliza os brasileiros que ainda têm medo de usar esses serviços por conta de segurança “Todos os aplicativos de governo digital eles estão armazenados em ambientes mais seguros possíveis. O gov.br por exemplo está armazenado no mesmo ambiente dos dados sigilosos fiscais do imposto de renda então a gente tem o maior grau possível de segurança”, disse. “Então o cidadão pode ficar tranquilo. Os dados dele estão protegidos”, concluiu.

Agência Brasil

IGP-10 registra deflação de 0,59% em novembro

0
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou deflação (queda de preços) de 0,59% em novembro deste ano. A queda é menor do que a observada em outubro (-1,04%).

Com o resultado, o IGP-10 acumula taxas de inflação de 5,70% no ano e de 5,55% em 12 meses.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, passou de uma deflação de 1,44% em outubro para uma queda de preços de 0,98% em novembro.

Segundo a FGV, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) tiveram aumentos em suas taxas de inflação.

A inflação do IPC subiu de 0,17% em outubro para 0,67% em novembro, enquanto a taxa do INCC passou de 0,01% para 0,19% no período.

O IGP-10 é medido com base em preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Edição: Valéria Aguiar – Agência Brasil

Vendas do comércio crescem 1,1% de agosto para setembro

0
Foto: Eduardo Soares/Unsplash

O volume de vendas do comércio varejista cresceu 1,1% de agosto para setembro deste ano. Na passagem de julho para agosto, o setor tinha apresentado variação de 0,1%. Os dados, da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), foram divulgados na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O varejo também apresenta altas de 0,3% na média móvel trimestral, de 3,2% na comparação com setembro de 2021 e de 0,8% no acumulado do ano. No acumulado de 12 meses, no entanto, o setor apresenta queda de 0,7%.

Na passagem de agosto para setembro, seis das oito atividades pesquisadas apresentaram crescimento no volume de vendas: livros, jornais, revistas e papelaria (2,5%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,7%), combustíveis e lubrificantes (1,3%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,2%), tecidos, vestuário e calçados (0,7%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (0,6%).

Duas atividades, entretanto, tiveram queda no volume de vendas no período: móveis e eletrodomésticos (-0,1%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1%).

A receita nominal do varejo apresentou altas de 0,2% na comparação com agosto, de 13,7% em relação a setembro do ano passado, de 15,5% no acumulado do ano e de 13,5% no acumulado de 12 meses

Varejo ampliado

O varejo ampliado, que também inclui materiais de construção e veículos, teve alta de 1,5% em setembro na comparação com o mês anterior. Veículos e motos, partes e peças tiveram variação negativa 0,1% e material de construção manteve-se estável.

Também foi registrado crescimento do varejo ampliado em relação a setembro de 2021 (1%). Por outro lado, houve quedas de 0,6% no acumulado do ano e de 1,6% no acumulado de 12 meses.

A receita nominal do varejo ampliado teve altas de 1% na comparação com agosto, 11,9% em relação a setembro do ano passado, 14% no acumulado do ano e de 12,9% no acumulado de 12 meses.

Edição: Graça Adjuto – Agência Brasil

Ciclo nefasto: a economia cresce, o governo gasta, e os gastos do governo depredam a economia

0
Imagem: Studiogstock/Freepik

O governo federal americano gastou US$ 5,8 trilhões em 2022. Já o governo federal da Argentina gastou US$ 71 bilhões no mesmo ano.

Ou seja, os gastos do governo federal argentino equivalem a mísero 1,2% dos gastos do governo federal americano.

Um desenvolvimentista olharia para esses números e imediatamente concluiria que o motivo de a Argentina ser mais pobre que os EUA está no fato de seu governo gastar menos que o governo americano. Se ao menos o governo argentino gastasse mais e tentasse se aproximar dos gastos do governo americano, todos os argentinos seriam mais ricos.

Em outras palavras, a economia argentina é ínfima comparada à economia americana porque os políticos argentinos são mais parcimoniosos que os políticos americanos.

Embora eu esteja exagerando um pouco (será mesmo?), esta comparação simplória mostra como a estatística, quando despida do domínio da teoria, pode obscurecer a realidade.

Um indivíduo minimamente versado em economia sabe que os gastos do governo federal argentino são uma fração dos gastos do governo federal americano precisamente porque a economia argentina é uma fração da economia americana.

Pelo mesmo raciocínio, os gastos federais americanos são gigantescos quando comparados a todos os outros países do mundo exatamente porque a economia americana é bem maior que a destes outros países.

No mundo real, um governo só pode gastar se o setor privado de seu país produzir riqueza para ele confiscar e gastar. Quanto maior for a riqueza produzida por este setor privado, maiores poderão ser os gastos do governo.

O governo americano pôde gastar US$ 5,8 trilhões em 2022 porque a produção e a geração de riqueza da economia americana foram várias vezes maiores que U$ 5,8 trilhões (o PIB de 2021 foi de US$ 23 trilhões).

Se a economia americana fosse mais pobre — isto é, se seu setor privado fosse menos eficiente e gerasse menos riqueza —, os gastos do governo federal americano certamente seriam muito menores.

Questão de lógica

Quando se entende esta lógica econômica básica, teorias desenvolvimentistas que dizem que os gastos do governo estimulam a economia não apenas perdem o sentido, como, na verdade, passam a ser vistas como a própria inversão da realidade. Gastos do governo não podem estimular o crescimento econômico; ao contrário, seus gastos só são possíveis porque houve crescimento econômico.

Para o governo poder gastar, é necessário antes haver crescimento econômico. Sem este não há aquele. Sem uma anterior produção de riqueza, não há riqueza para ser confiscada e consumida pelo governo. Básico.

Se, por exemplo, em um passe de mágica, metade do governo americano desaparecesse (com seus gastos caindo de US$ 6 para US$ 3 trilhões), haveria US$ 3 trilhões a mais em posse do setor privado, disponíveis para ser investidos, consumidos ou alocados de acordo com as preferências temporais de cada indivíduo, e não de acordo com as conveniências de políticos, que sempre visam a eleições.

E os efeitos disso não podem ser minimizados.

Quando o governo federal gasta, isso significa que deputados, senadores, ministros, reguladores, secretários, comissionados e todos os tipos de burocratas estão desempenhando um papel substantivo na alocação de trilhões de uma riqueza que foi previamente criada pelo setor privado. Por outro lado, quando menos desta riqueza vai para o governo, isso significa que empreendedores, investidores e consumidores possuem mais recursos em mãos para produzirem e, consequentemente, multiplicar a riqueza à disposição de todos.

Truísmo

Dado que o governo só pode gastar aquilo que ele antes confiscou do setor produtivo, é ilógico dizer esta intervenção do governo na economia tem o poder de “estimular a produção e fazer a economia crescer”.

Por isso, Mises nunca se cansava de repetir:

É sempre necessário enfatizar este truísmo: o governo só pode gastar ou investir aquilo que ele toma de seus cidadãos [via impostos ou empréstimos]. E seus gastos e investimentos adicionais restringem, na mesma quantidade, a capacidade destes cidadãos de gastar ou investir.

Os gastos do governo não têm como criar riqueza pelo simples motivo de que algo que só é possível em decorrência da apropriação de riqueza alheia não pode, por definição, criar riqueza nenhuma.

Para efetuar seus gastos, o governo tem necessariamente de: a) coletar impostos (ou seja, confiscar a riqueza de empreendedores, investidores e consumidores); b) pegar recursos emprestados (o que deixa empreendedores, investidores e consumidores sem crédito); ou c) imprimir dinheiro. 

Nenhuma destas três medidas cria riqueza. 

1) Impostos restringem a produção e o consumo. Se uma empresa tem menos dinheiro, ela não pode nem contratar mais mão-de-obra e nem investir mais, o que afeta sua produção e, consequentemente, a disponibilidade de bens e serviços. Se pessoas têm menos dinheiro, elas também não podem nem investir e nem consumir bens e serviços de empresas.

2) O endividamento do governo — ou seja, o governo pegar recursos emprestados para bancar seus gastos — faz com que haja menos recursos para serem emprestados para empreendedores, investidores e consumidores. O crédito está sendo desviado para bancar os gastos correntes do governo e não para sustentar as atividades produtivas. Isso não tem como gerar riqueza.

3) A criação de dinheiro pode apenas fazer com que os preços dos bens e serviços subam, pois imprimir dinheiro não tem o poder de fazer com que surjam mais produtos na economia. A existência de mais dinheiro (seja em papel-moeda ou em dígitos eletrônicos) não tem o poder milagroso de transformar recursos escassos em bens materiais. O dinheiro não é um meio de produção; ele não produz nem bens de consumo e nem bens de capital. Logo, aumentar a quantidade de dinheiro existente não causará uma maior produção de tratores, carros, computadores, máquinas, sapatos, tomates e pães. O dinheiro é simplesmente um meio de troca que facilita as transações.

Nenhuma dessas três medidas, portanto, cria riqueza. Consequentemente, nenhuma dessas três medidas pode “estimular uma economia”. 

Você é o governo – e tudo piora

Entretanto, os efeitos dos gastos do governo são ainda piores. Eles não apenas confiscam riqueza, como na verdade destroem riqueza.

Imagine que você seja trilionário e esbanjador. Ou seja, imagine que você é o governo. Ato contínuo, você sai comprando computadores, laptops, carros, motos, jatinhos, imóveis, smartphones, televisões, tratores, caminhões, retroescavadeiras, toneladas de cimento, toneladas de café, inúmeras máquinas de fazer café, papel higiênico, sabonetes, gravatas, ternos e afins

Ao fazer essas compras, você está provocando dois efeitos: impedindo que haja uma maior abundância desses bens para as outras pessoas, e desviando recursos das indústrias, obrigando-as as produzir mais desses bens apenas para suprir a escassez deles.

Agora, imagine que você perdeu sua fonte de renda e repentinamente cortou seu consumo. Quais as consequências? 

1) Haveria mais bens disponíveis para os outros consumidores, que necessitam deles com mais urgência que você. Os mais pobres agradeceriam.

2) As indústrias não precisariam empregar recursos apenas para suprir a escassez desses bens (escassez provocada por você), o que as permitiria investir em novos processos de produção, que resultariam em maior abundância de bens. 

3) Os bens que já foram produzidos e não consumidos (isto é, os bens que foram poupados) poderiam ser empregados em outros processos de produção cujos produtos finais trariam óbvias satisfações para os consumidores.

Quando se entende esses conceitos, fica mais fácil perceber por que os gastos do governo desestimulam a poupança e atrasam o crescimento sustentável do país. 

Mesmo que o governo gastasse exclusivamente com funcionários públicos, o efeito seria mesmo. Afinal, para gastar, o governo precisa tributar ou pegar empréstimos.  Ambas as medidas configuram absorção de poupança e riqueza de toda a população (inclusive empreendedores e investidores), poupança essa que poderia ser utilizada para financiar projetos de expansão.

Conclusão

O raciocínio é realmente tautológico: para o governo gastar, ele tem antes de tomar de alguém (seja via impostos, seja via endividamento) ou imprimir dinheiro. Se ele tomou de alguém, esse alguém está agora impossibilitado de consumir ou de investir. Se ele imprimiu dinheiro, nada foi criado. E, ao gastar, ele depreda riqueza.

Como disseram Leandro Roque e Ubiratan Jorge Iório, “Impossível mensurar os custos econômicos das empresas que deixaram de ser abertas, dos empregos que deixaram de ser gerados e das tecnologias que deixaram de ser criadas simplesmente porque os investimentos não foram possíveis por causa da absorção de recursos pelo governo federal”.

Por tudo isso, os gastos do governo não podem ser vistos como uma força criadora de riqueza. Todo o gasto do governo ocorre à custa dos outros indivíduos da sociedade. Por definição. 


Thiago Fonseca é graduado em administração pela FGV-SP e é empreendedor do ramo de eletroeletrônicos.

Fonte: Mises Brasil

BNDES tem lucro de R$ 9,6 bilhões no terceiro trimestre

0
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve lucro líquido de R$ 9,6 bilhões no terceiro trimestre deste ano, segundo balanço divulgado pela diretoria da instituição.

O resultado financeiro foi 15% menor que o do mesmo período no ano passado e 17,9% menor que o do segundo trimestre deste ano, segundo comparativo apresentado pelo banco.

Ao excluir operações de venda da carteira de renda variável dessa comparação, porém, o BNDES calcula que o resultado do terceiro trimestre de 2022 ficou 76% acima do mesmo período de 2021, o que reflete acréscimo no produto de intermediação financeira.

Se considerado o acumulado do ano de 2022, desde janeiro, o lucro do BNDES é de R$ 34,2 bilhões.

O desempenho do BNDES no trimestre foi influenciado, principalmente, por receita com dividendos, que chegaram a R$ 7 bilhões, com destaque para os pagos pela Petrobras. A estatal corresponde a 48% da carteira de ações do banco, que soma R$ 64,8 bilhões.

Desembolsos

Foram realizados desembolsos totais no valor de R$ 29,4 bilhões para os clientes do banco, o que representa um aumento de 35% ante os mesmos meses de 2021. Frente a abril, maio e junho de 2022, esse montante corresponde a uma alta de 58%.

O setor de infraestrutura recebeu 39% dos desembolsos do trimestre, somando R$ 11,5 bilhões. O diretor de finanças do BNDES, Lourenço Tigre, atribuiu a liderança do setor entre os desembolsos aos novos produtos oferecidos pelo banco e à fábrica de projetos de privatizações e concessões.

A agropecuária teve o segundo maior peso entre os desembolsos, com R$ 10,3 bilhões em operações aprovadas. Indústria (R$ 4,3 bi) e Comércio e Serviços (R$ 3,4 bi) completam a carteira.

Desde janeiro, o BNDES já desembolsou R$ 62,9 bilhões para projetos aprovados, e a projeção do banco é que o total de 2022 possa chegar a R$ 90 bilhões, valor que seria o maior desde 2015.

O balanço apresentado mostra ainda que a carteira de crédito do BNDES teve aumento de 3,8% em relação ao terceiro trimestre de 2021 e soma R$ 463,2 bilhões. Já os pagamentos ao Tesouro Nacional realizados no terceiro trimestre totalizaram R$ 12,6 bilhões.

Transição

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou que o banco já está à disposição da equipe do próximo governo para colaborar com a transição e disse torcer pelo o sucesso da próxima gestão.

“Já fomos notificados pela Economia para preparar um time interno para estar disponível para a transição. Estamos totalmente à disposição e querendo ser o mais colaborativo possível”, afirmou.

O presidente do banco público disse ainda que o BNDES está pronto para retomar a gestão do Fundo Amazônia, mas ainda não recebeu uma comunicação formal nesse sentido do Ministério do Meio Ambiente nem dos governos de Noruega e Alemanha, que são cotistas do fundo.

Em sua última coletiva de imprensa para apresentação de resultados do BNDES, Montezano fez um balanço de sua gestão à frente do banco e avaliou que conseguiu superar um momento de crise reputacional e de questionamento estratégico da própria existência do BNDES.

“O banco está sendo entregue com uma carteira de projetos, uma estratégia, um capital confortável e liquidez no caixa, para que a próxima gestão possa fazer um trabalho ainda melhor que a gente. A gente vai contribuir para que isso aconteça e torcer para que isso ocorra também”.

Edição: Denise Griesinger – Agência Brasil

BB tem lucro recorde de R$ 22,8 bilhões de janeiro a setembro

0
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Banco do Brasil (BB) bateu recorde de lucro nos nove primeiros meses do ano. De janeiro a setembro, a instituição financeira teve lucro líquido ajustado de R$ 22,8 bilhões, crescimento de 50,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em nota, o BB informou que a melhoria dos lucros decorreu do crescimento da carteira de crédito com uma composição que diminui o risco de inadimplência. O banco também cita a diversificação das receitas (principalmente de serviços) e o controle dos gastos.

Apenas no terceiro trimestre, o lucro líquido ajustado alcançou R$ 8,4 bilhões, resultado 62,7% acima do mesmo trimestre de 2021 e 7,1% acima do trimestre anterior. O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) chegou a 20,5%, o que, segundo o BB, representa um índice semelhante ao dos bancos privados.

De acordo com o BB, parte da melhoria decorre do crescimento do crédito com a manutenção do índice de inadimplência abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional. A carteira de crédito ampliada encerrou setembro em R$ 969,2 bilhões, 19% acima do registrado em setembro de 2021 e 5,4% acima do observado no fim do segundo trimestre.

Indicador usado para medir a solidez financeira, o Índice de Basileia atingiu 16,72%, dos quais 11,77% de capital principal. Para cada R$ 100 emprestados, a instituição mantém R$ 16,72 em caixa, dos quais R$ 11,77 correspondem ao capital principal. Esses níveis são um dos mais altos entre os bancos brasileiros.

Segmentos

Na distribuição por segmentos de crédito, a carteira pessoa física ampliada cresceu 10,9% em relação a setembro do ano passado e 2,7% em relação a junho deste ano. Os destaques foram o crédito consignado (+2,4% no trimestre e +8,3% em 12 meses), empréstimo pessoal (+3,9% no trimestre e +22,6% em 12 meses) e cartão de crédito (+3,4% no trimestre e +31,5% em 12 meses).

Quanto ao crédito para empresas, a carteira pessoa jurídica ampliada expandiu-se 20,2% em 12 meses e 5,3% no trimestre. Os melhores desempenhos foram registrados em capital de giro (+5,6% no trimestre e +8,3% em 12 meses), títulos e valores mobiliários privados e garantias (+3,7% no trimestre e +53,3% em 12 meses) e adiantamento de crédito de câmbio e crédito para exportação (+18,5% no trimestre e +36,6% em 12 meses). O Pronampe, linha de crédito para micro e pequenas empresas, soma mais de R$ 10 bilhões em 2022.

O crédito para o agronegócio encerrou setembro com alta de 9,1% no trimestre e de 26,2% sobre setembro do ano passado. Somente na atual safra 2022/2023, foram emprestados R$ 63,5 bilhões, alta de 37,8% em relação à safra anterior. Ao todo, foram 197 mil operações para o agronegócio, dos quais 56,2% para a agricultura familiar.

Os destaques no crédito para o agronegócio foram operações de custeio (+25,4% no trimestre e +53,7% em 12 meses), de investimento (+12,2% no trimestre e +59,3% em 12 meses) e Pronaf (+7,5% no trimestre e +13,5% em 12 meses).

As operações de crédito sustentáveis, que respeitam parâmetros sociais e ambientais, atingiram R$ 321,2 bilhões no fim do terceiro trimestre, com alta de 13,9% em 12 meses. O índice de inadimplência, que considera atrasos de mais de 90 dias, subiu de 2% em junho para 2,3% em setembro, refletindo a alta nos juros, mas, segundo o BB, está abaixo da média de 2,8% registrada no sistema financeiro nacional.

Receitas e despesas

As receitas de prestação de serviços somaram R$ 23,9 bilhões nos nove primeiros meses do ano, aumento de 11% em 12 meses. No terceiro trimestre, atingiram R$ 8,5 bilhões, com alta de 8,6%. O crescimento trimestral foi influenciado pelo desempenho comercial nos segmentos de consórcio (+50,6%) e de seguro, previdência e capitalização (+20,6%).

As despesas administrativas alcançaram R$ 24,9 bilhões nos nove primeiros meses do ano, alta 6% na comparação com o mesmo período de 2021. No terceiro trimestre, somaram R$ 8,4 bilhões, 1,2% acima do trimestre anterior. De acordo com o BB, o banco conseguiu fazer que os gastos subissem menos que a inflação no período.

Projeções

O Banco do Brasil também revisou as projeções para 2022. A estimativa de lucro ajustado saltou de um intervalo entre R$ 27 bilhões e R$ 30 bilhões para uma faixa entre R$ 30,5 bilhões e R$ 32,5 bilhões. A previsão de crescimento do volume de crédito neste ano foi elevada, passando de 12% a 16% para uma faixa entre 15% e 17%.

O crescimento das receitas com serviços, que estava entre 6% e 9%, foi elevado para 9% a 11%. A previsão para as despesas administrativas foi mantida, com alta de 4% a 8% neste ano.

Edição: Nádia Franco – Agência Brasil

IBGE prevê safra recorde de 288,1 milhões de toneladas em 2023

0
Foto: Milada Vigerova/Unsplash

O Brasil deve ter uma safra recorde de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas em 2023. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima uma produção de 288,1 milhões de toneladas, ou seja, 9,6% (25,4 milhões de toneladas) a mais do que a safra prevista para este ano (262,8 milhões).

O volume recorde deverá ser puxado pela maior produção prevista para a soja (19,1%), milho 1ª safra (16,8%), algodão herbáceo em caroço (2%), sorgo (5,7%) e para o feijão 1ª safra (4,9%). A soja e o milho 1ª safra também devem ter aumento na área colhida, de 1,2% e 0,9%, respectivamente.

Segundo Carlos Barradas, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), pesquisa que faz a projeção das safras, o crescimento esperado para a soja se deve à recuperação de produções afetadas no verão de 2022 no Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

Ao mesmo tempo, são estimadas quedas na produção para o arroz (-3,5%), milho 2ª safra (-0,2%), feijão 2ª safra (-9,5%), feijão 3ª safra (-3,7%) e trigo (-12,1%).

Safra de 2022

A pesquisa – feita em outubro deste ano – também estima que 2022 deve fechar com crescimento de 3,8% em relação ao ano passado (ou 9,6 milhões de toneladas a mais). A estimativa é 0,3% maior do que o levantamento de setembro.

O ano de 2022 deve fechar com crescimentos de 15,2% para o algodão herbáceo em caroço, de 22,6% para o trigo e de 25,7% para o milho. Houve perdas, no entanto, de 11,5% para a soja e de 8,1% para o arroz em casca.

Edição: Kleber Sampaio – Agência Brasil

Outubro tem deflação de 0,62%

0
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve deflação (queda de preços) de 0,62% em outubro deste ano. Em setembro, a deflação havia sido mais acentuada (-1,22%).

Com isso, o IGP-DI acumula taxas de inflação de 4,89% no ano e de 5,59% em 12 meses.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, teve deflação de 1,04% em outubro, ante uma queda de preços de 1,68% em setembro.

A inflação do varejo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), passou de 0,02% em setembro para 0,69% em outubro.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu de 0,09% para 0,12% no período.

Edição: Graça Adjuto – Agência Brasil

Extrema pobreza no Brasil caiu para mínima histórica em 2020, diz Banco Mundial

0
Foto: Wolf Schram/Unsplash

A parcela da população em extrema pobreza no Brasil em 2020 foi a menor desde 1981, início da série histórica do relatório que apresenta os dados, produzido pelo Banco Mundial. No mesmo ano, o Brasil foi o país da América Latina que apresentou maior redução na taxa.

Em setembro deste ano, o Banco Mundial passou a considerar em situação de extrema pobreza as pessoas que ganham até US$ 2,15 por dia, cerca de R$10,90. Em 2019, 5,39% da população brasileira vivia em extrema pobreza, no total de 11,37 milhões de pessoas. No ano seguinte, a taxa caiu para 1,95% da população, total de 4,14 milhões de pessoas em extrema pobreza, ou seja, 7,23 milhões de pessoas saíram dessa situação.

No mesmo ano da queda na taxa, em meio à crise da pandemia da covid-19, foi criado o Auxílio Emergencial, que expandiu o benefício de transferência de renda do governo para mais pessoas, além de aumentar o valor mensal. O programa deu origem ao Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família.

A mínima histórica mais recente da taxa de extrema pobreza foi em 2014, quando 3,33% da população vivia com até R$10,90 por dia. Desde então a taxa cresceu todos os anos, após um período de 11 anos de constantes quedas, desde 2004.

América Latina

Apesar da queda expressiva, outros países da América Latina apresentam taxas menores de extrema pobreza, como o Uruguai (0,2%), Chile (0,75%) e o Paraguai (0,81%), que também apresentou redução na taxa em comparação com 2019, quando 1,01% da população vivia em extrema pobreza. Vale ressaltar que não estão disponíveis os dados de 2020 de todos os países da região para comparação.

Jessica Brasil Skroch – Terra Notícias

China se prepara para comprar farelo de soja brasileiro

0
Foto: Kelly Sikkema/Unsplash

A China está se preparando para importar farelo de soja do Brasil como parte de esforços para diversificar fontes do ingrediente para ração animal, aliviar a escassez de oferta de curto prazo e reduzir os riscos de inflação.

Traders estão tomando medidas para trazer o primeiro carregamento de farelo de soja brasileiro para a China depois que Pequim deu sinal verde meses atrás. Mesmo que os volumes iniciais possam ser pequenos, o movimento representa mais um passo na estratégia de Pequim para encontrar novas fontes de suprimentos agrícolas para reforçar sua segurança alimentar.

China & Brasil: farelo de soja e milho

A decisão, tomada logo após a abertura do mercado da China às importações de milho do Brasil, é mais um impulso para o comércio entre o maior exportador agrícola do mundo e o maior comprador de soja. O Brasil é o segundo maior exportador de farelo de soja do mundo, atrás da Argentina.

Agência Safras