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Brasil cria 372 mil postos de trabalho formal em agosto, o 8º mês seguido de alta

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Foto: Nate Johnston/Unsplash

O Brasil registrou um saldo de 372.265 novos trabalhadores contratados com carteira assinada em agosto de 2021. O saldo é o resultado de um total de 1.810.434 admissões e 1.438.169 desligamentos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado hoje (29) pelo Ministério do Trabalho, o salário médio de admissão caiu 1,42% na comparação com o mês anterior, ficando em R$ 1.792,07.

No acumulado no ano, o saldo passou a somar 2.203.987 postos ocupados, decorrente de 13.082.860 de admissões e de 10.878.873 demissões. O estoque nacional, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, em agosto de 2021, contabilizou 41.566.955, o que representa uma variação de 0,9% em relação ao estoque do mês anterior.

De acordo com o Novo Caged, em agosto, os dados registraram saldo positivo no nível de emprego nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas: serviços (180.660 postos), distribuído principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (79.832 postos); comércio (77.769 postos); indústria geral (72.694 postos), concentrado na indústria de transformação (69.266 postos); construção (32.005 postos); e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (9.232 postos).

Regiões e estados

A Região Sudeste foi a que gerou mais postos de trabalho. O saldo positivo ficou em 185.930 vagas, o que corresponde a um aumento de 0,88% ante julho. No Nordeste foram criados 82.878 postos (crescimento de 1,25%); na Região Sul o saldo também ficou positivo (54.079 postos, +0,69%), a exemplo do Centro-Oeste (+29.690 postos, +0,84%) e do Norte (+19.778 postos, +1,03%).

São Paulo foi o estado que registrou o maior saldo positivo, com 113.836 novos postos de trabalho (alta de 0,89% na comparação com julho); seguido de Minas Gerais, com 43.310 novas vagas (alta de 0,99% na comparação com o mês anterior) e do Rio de Janeiro, com 22.960 novos postos (alta de 0,71%, na comparação com julho).

Já as unidades federativas com o menor saldo foram o Acre (346 novos postos; crescimento de 0,38% ante ao mês anterior); Roraima: (saldo de 592 postos; crescimento de 0,98%); e Amapá (saldo de 882 postos; alta de 1,28%).

Salário médio de admissão

O salário médio de admissão em agosto de 2021 ( R$ 1.792,07) apresenta uma queda real de R$ 25,78 na comparação com julho de 2021. A variação corresponde a um percentual de -1,42%.

A maior queda foi na indústria, onde a redução do valor médio de admissão (-2,83%) resultou em um salário inicial de R$ 1.755,22. Na sequência ficou o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, cuja queda média no salário de admissão reduziu 2,56%, resultando em um salário R$ 1.493,27.

O setor de serviços vem em seguida, com queda média de 1,77%, resultando em um salário de admissão de R$ 1.947,92. Já a queda do salário médio de admissão do setor de comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas ficou em 0,59%. Com isso, o salário médio inicial do setor está em R$ 1.544,73.

Trabalho Intermitente

Em agosto de 2021, houve 26.554 admissões e 14.766 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 11.788 empregos, envolvendo 5.662 estabelecimentos contratantes. Um total de 259 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.

“Do ponto de vista das atividades econômicas, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por serviços (+7.095 postos), comércio (+1.986 postos), construção (+1.607 postos), indústria geral (+1.126 postos), e agropecuária (-26 postos)”, informou o Ministério do Trabalho.

Agência Brasil

Com 14 pedidos, chega a R$ 80,5 bilhões previsão de investimentos com autorizações ferroviárias

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Foto: Vinícius Rosa/MInfra

O Governo Federal recebeu o 14º requerimento de investidor privado interessado em construir e operar uma ferrovia no país pelo instrumento da autorização ferroviária, estabelecido na Medida Provisória 1.065/2021. Com isso, sobe para R$ 80,5 bilhões o total de investimentos previstos no modal, com 5.360 quilômetros de novos trilhos, cruzando 12 unidades da Federação.

O pedido mais recente foi protocolado no Ministério da Infraestrutura (MInfra) em 16 de setembro. Trata-se de proposta formulada pela empresa Petrocity, que atua no setor de portos: ela quer ligar a capital federal aos portos do Espírito Santo. Para tanto, propôs construir e operar a Estrada de Ferro Juscelino Kubitschek (EFJK), trecho com 1.108 quilômetros de extensão.

O projeto passa por DF, Goiás e Minas Gerais até chegar a Barra de São Francisco (ES). O investimento é de R$ 13,5 bilhões apenas no segmento ferroviário. A empresa se comprometeu ainda a injetar mais R$ 700 milhões em seis Unidades de Transbordo e Armazenamento de Cargas (UTACs) localizadas ao longo dos trilhos.

Próximos Passos

O mecanismo de autorização ferroviária visa reduzir a burocracia dos procedimentos exigidos para permitir a entrada de operadores privados no setor. Com as autorizações, o Governo Federal espera elevar dos atuais 20% para 40% a participação do modal na matriz nacional de transportes até 2035.

Do total de requerimentos apresentados para novos segmentos, via autorização, o MInfra já publicou 12 na edição da última sexta-feira (17) do Diário Oficial da União. A partir de agora, os pedidos serão analisados pela equipe da Secretaria Nacional de Transportes Terrestres (SNTT), sob a luz da MP 1.065/2021.

Confira a relação de todos os requerimentos apresentados até aqui:

Água Boa/MT – Lucas do Rio Verde/MT: 557 km de extensão
Uberlândia/MG – Chaveslândia/MG: 235 km de extensão
Estreito/MA – Balsas/MA: 245 km de extensão
Shortline entre Perequê/SP – TIPLAN/Porto de Santos/SP: 8 km de extensão
Maracaju/MS – Dourados/MS: 76 km de extensão
Guarapuava/PR – Paranaguá/PR: 405 km de extensão
Cascavel/PR – Foz do Iguaçu/PR: 166 km de extensão
Cascavel/PR a Chapecó /SC: 286 km de extensão
Açailândia/MA – Alcântara/MA: 520 km de extensão
São Mateus/ES – Ipatinga/MG: 420 km de extensão
Suape/PE – Curral Novo/PI: 717 km de extensão
Terminal Intermodal em Santo André: 7 km de extensão
Presidente Kennedy (ES) – Conceição do Mato Dentro/Sete Lagoas (MG): 610 km de extensão
Estrada de Ferro Juscelino Kubitschek (EFJK) – de Barra de São Francisco (ES) a Brasília (DF): 1.108 km de extensão

Decreto extingue quase 900 atos normativos sem validade

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Foto: Sharon McCutcheon/Unsplash

Um novo “revogaço” vai extinguir 892 atos normativos, cuja eficácia ou validade está completamente prejudicada. Com essa medida, que deve ser publicada no Diário Oficial da União até amanhã, serão mais de 5 mil decretos revogados desde o início do atual governo.

Segundo a Secretaria-Geral da Presidência da República, o objetivo da medida é democratizar o acesso à legislação e incrementar a transparência dos atos normativos editados pelo presidente da República. Esses decretos foram editados entre os anos de 1943 e 2020 e tratam, por exemplo, de matérias diversas, como abertura de créditos orçamentários, estruturas administrativas, programas de governos e regulamentos de estatais.

“A não retirada expressa do ordenamento jurídico de decretos sem eficácia acaba por gerar dúvidas e insegurança jurídica aos destinatários da norma, o que se busca corrigir com mais este decreto de revogação”, explica Secretaria-Geral da Presidência da República.

Agência Brasil

Comércio terá a melhor contratação de temporários desde 2013

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Foto: Markus Winkler/Unsplash

O comércio varejista terá a melhor contratação de trabalhadores temporários para o Natal desde 2013, de acordo com a previsão divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo o economista sênior da CNC, Fabio Bentes, as contratações no comércio vinham crescendo desde o final de 2016, lentamente, embora sem alcançar o ritmo observado em 2013 (115,5 mil), até que veio a pandemia no ano passado e as contratações despencaram de 91,6 mil trabalhadores, em 2019, para 68,3 mil, em 2020. Esse foi o menor número desde 2015 (67,4 mil).

Para 2021, a expectativa é de mais de 94,2 mil vagas para atender o movimento sazonal de fim de ano. Para Fabio Bentes a previsão seja confirmada, essa será a maior contratação de temporários desde 2013. A previsão é de que as vendas deverão crescer 3,8% no Natal.

O economista explicou que apesar do cenário de inflação elevada e juros mais altos, o que está fazendo com que as vendas e, em consequência, as contratações, evoluam, é o aumento da circulação dos consumidores, além do comércio eletrônico que tem registrado aumento de vendas de dois dígitos.

“Desde o final da segunda onda da pandemia, o que se tem observado é um crescimento consistente da circulação de consumidores no comércio. O avanço da vacinação de certa forma afasta o cenário de novas medidas restritivas. E se a circulação vai aumentar nos próximos meses, a tendência é contratar mais. Apesar da inflação e dos juros altos, o aumento da circulação foi o que ditou o ritmo do comércio ao longo da pandemia”, disse Bentes. 

O economista explicou que mesmo quando a inflação estava baixa, bem como os juros, as vendas estavam mal porque a circulação estava baixa. Por isso, reiterou que é a circulação dos consumidores que tem ditado o ritmo de crescimento das vendas, não só para o Natal, mas nos últimos meses.

Fabio Bentes argumentou que poderíamos ter um Natal com taxa de crescimento parecida com a de 2013, da ordem de 5%, mas isso não vai acontecer por conta da inflação e dos juros altos. “Mas, de qualquer forma, os 3,8% projetados são um crescimento razoável, na principal data comemorativa do setor”.

Segmentos

Os segmentos que vão concentrar a maior parte das contratações são vestuário (57,91 mil) e hiper e supermercados (18,99 mil), que vão responder, juntos, por mais de 80% das vagas a serem criadas. 

Segundo Bentes, o ramo do vestuário é o mais impactado pelas vendas de final de ano, que quase dobram na passagem de novembro para dezembro. É esse ramo que tem também um leque amplo de tíquetes médios, o que acaba favorecendo esse segmento. 

De acordo com a CNC, enquanto o faturamento do varejo como um todo cresce em média 34% na passagem de novembro para dezembro, no segmento de vestuário o faturamento costuma subir 90%.

Em relação a hiper e supermercados, o economista destacou que esse ramo responderá por 19 mil vagas, porque é o maior empregador do comércio ao longo do ano e, ainda, o que mais fatura. “Então, qualquer movimento, mesmo que sazonal das vendas, faz com que se produza um número absoluto de vagas ali bastante expressivo”. 

O ramo passou a oferecer um leque diversificado de produtos e deve ser o segundo que vai mais contratar para o Natal.

Regiões

A pesquisa da CNC sinaliza que o estado de São Paulo deve concentrar o maior número de contratações temporárias para o fim do ano (25,55 mil). “A expectativa é que as vendas em São Paulo também cresçam acima da média. É o estado que se recupera mais rápido. E ao se recuperar mais rápido, acaba demandando, proporcionalmente, mais postos de trabalho temporários”. 

Em seguida, aparecem Minas Gerais (10,67 mil), Rio de Janeiro (7,63 mil) e Paraná (7,19 mil), que concentrarão mais da metade (54%) da oferta de vagas para o Natal deste ano. Nessas quatro regiões, a CNC projeta variações das vendas locais em relação ao Natal passado de 7,2%, 6%, 5,8% e 6,6%, respectivamente.

O salário médio de admissão deverá alcançar R$ 1.608, com crescimento, em termos nominais, de 5,1% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a remuneração média ficou em R$ 1.531. 

A pesquisa da CNC indica que o maior salário de admissão deverá ser pago pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.866), seguidas pelo ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.647). Em contrapartida, esses segmentos deverão responder por apenas 0,8% das vagas totais a serem criadas.

A pesquisa sinaliza ainda que além da maior oferta de vagas, a taxa de efetivação dos trabalhadores temporários deverá ser a maior dos últimos cinco anos, com expectativa de contratação definitiva de 12,2% desses trabalhadores.

Agência Brasil

EmbraerX e empresa do Vale do Silício se unem para acelerar o futuro da aviação agrícola autônoma

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Foto: Pyka

A EmbraerX, subsidiária para negócios disruptivos da Embraer, e a companhia americana do Vale do Silício Pyka anunciaram uma parceria para acelerar o futuro da pulverização agrícola autônoma. A colaboração é voltada para tecnologia, certificação, operação e futura comercialização do Pelican, uma aeronave agrícola de asa fixa totalmente elétrica e autônoma, desenvolvida pela Pyka.

Utilizando processos experimentais mais ágeis, as empresas irão trabalhar juntas para acelerar a chegada da solução autônoma ao mercado de agricultura de precisão. A EmbraerX está comprometida a explorar produtos e serviços disruptivos que possam revolucionar os negócios, incluindo novos segmentos de atuação para a área de aviação agrícola da Embraer.

“A EmbraerX é uma aceleradora de mercado comprometida em desenvolver soluções que possam transformar o mundo e inspirar nossos parceiros por meio de ideias inovadoras, e com determinação e criatividade”, disse Daniel Moczydlower, head da EmbraerX. “A inovação e capacidade tecnológica da Pyka estão alinhadas com a nossa estratégia de acelerar a criação de novos modelos de negócios por meio de parcerias com potencial de crescimento exponencial.”

As companhias buscarão oportunidades de potencializar serviços comerciais autônomos, conforme a operação da aeronave Pelican se desenvolver no Brasil nos próximos anos. O veículo já está sendo utilizado por clientes da Pyka na América Central, com o propósito de aumentar a produtividade, eficiência de custo, segurança e sustentabilidade.

“Estamos extremamente entusiasmados em realizar parceria com uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo, para viabilizar a nossa visão de trazer para o uso diário uma aeronave elétrica,” disse Michael Norcia, CEO e co-fundador da Pyka. “Estivemos muito focados na certificação e na entrega de uma espetacular aeronave autônoma e elétrica para servir aos nossos clientes. Agora estamos ao lado de uma líder da indústria, em um dos maiores mercados agrícolas do mundo, para ajudar a escalar o nosso negócio de aviões elétricos. Estamos ansiosos em trabalhar com a Embraer para integrar a aviação agrícola elétrica e autônoma no agronegócio e na economia em geral.”

A parceria está apoiada nos mais de 50 anos de história e experiência da Embraer em desenvolver aeronaves, certificar, fabricar, comercializar e oferecer serviços pós-venda.

Sobre a EmbraerX

A EmbraerX é uma aceleradora de mercado comprometida com o desenvolvimento de soluções que transformam experiências da vida. Uma subsidiária de inovação disruptiva da Embraer S.A., está localizada na Costa Espacial da Flórida, em Melbourne, nos Estados Unidos, integrada à equipe de engenharia da Companhia no Brasil, todos colaborando com as comunidades globais de inovação. A equipe de inovadores, criadores, líderes de pensamento e designers da EmbraerX combina a visão do desenvolvimento centrado no ser humano, com a expertise em negócios e engenharia para enfrentar alguns dos maiores problemas de mobilidade da humanidade. Para obter mais informações, visite EmbraerX.com.

Sobre a Pyka

Pyka está construindo o futuro da aviação elétrica. A empresa desenvolveu o primeiro e único avião 100% elétrico autônomo com certificação comercial do mundo. A aeronave agrícola já soma mais de mais de 3.000 missões autônomas em um dos ambientes mais complexos e difíceis para qualquer aeronave navegar. A tecnologia de propriedade da Pyka envolve software de controle de voo autônomo, computadores de bordo, baterias de alta densidade de energia, controladores de motor de alta densidade de potência e fuselagens de fibra de carbono certificadas para viabilizar aeronaves totalmente elétricas. A empresa está sediada em Oakland, na Califórnia.

Fonte: Embraer

Programa Novos Caminhos para educação profissional é lançado

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Foto: This is Engineering/Unsplash

O governo federal lançou na quinta, dia 23, um programa voltado ao fortalecimento da educação científica e tecnológica. A iniciativa, batizada de “Novos Caminhos”, envolve 14 projetos que abarcam temas como ampliação dos cursos e promoção da inovação.

Também foi anunciada a criação de um anuário estatístico da educação profissional e tecnológica. O projeto organizará e disponibilizará dados que poderão ser utilizados na construção e monitoramento de políticas públicas.

Outra iniciativa apresentada foi um painel criado para disponibilizar informações sobre as bolsas-formação concedidas a jovens pelo Executivo, bem como sobre os cursos de formação inicial continuada e qualificação profissional.

Em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) foi desenvolvido o Monitor de Profissões, que relaciona informações sobre os cursos da educação profissional e tecnológica com a demanda por força de trabalho em diferentes setores.

O projeto IF+Empreendedor reúne alunos, professores e técnicos para ações de apoio ao empreendedorismo voltada a micro e pequenas empresas que buscam caminhos diante dos impactos da pandemia da covid-19.

Equipes de estudantes orientadas prestarão consultoria para firmas com informações e propostas de inovações nos mais diferentes negócios. Também serão oferecidas oficinas sobre tecnologias 4.0, como big data, inteligência artificial e Internet das Coisas.   

Fazem parte do programa também iniciativas já lançadas. Uma delas é a plataforma aprenda, com cursos online voltados ao público amplo. O objetivo é ofertar até 60 cursos da rede de educação profissional e tecnológica com 820 mil vagas até 2025.

Outro projeto já em andamento é o Qualifica Mais, que reúne diversas linhas de fomento disponibilizadas pelo Programa de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). A linha Emprega mais foi criada a partir de diálogo com empresas que apontaram demandas por emprego e essas foram trabalhadas com cursos específicos para jovens.

Mais informações sobre os projetos podem ser obtidas no site do MEC.  

O governo federal lançou hoje (23) um programa voltado ao fortalecimento da educação científica e tecnológica
O governo federal lançou hoje (23) um programa voltado ao fortalecimento da educação científica e tecnológica – Reprodução/ Ministério da Educação

Semana nacional 

O lançamento do programa ocorreu no âmbito da 1ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica. O evento teve início hoje (23) e busca promover atividades para discutir essa modalidade de ensino. As atividades vão até sábado (25).

Agência Brasil

FMI elogia retomada econômica do Brasil: “Melhor que o esperado”

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Foto: Marianna Smiley/Unsplash

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elogiou o desempenho da economia brasileira no relatório anual Artigo IV, divulgado pela instituição após uma missão técnica que avaliou o país.

No documento, a diretoria executiva do FMI avalia que o “desempenho econômico tem sido melhor do que o esperado”. A instituição ainda projeta um crescimento de 5,3% do PIB, e justifica:

– Em parte, devido à forte resposta política das autoridades. O PIB recuperou seu nível pré-pandêmico no primeiro trimestre de 2021, e o ímpeto continua favorável, apoiado por termos de troca em expansão e crescimento robusto do crédito ao setor privado.

O relatório da maior autoridade econômica mundial também se mostra otimista sobre o aumento da oferta de empregos e o crescimento do consumo: “À medida que as vacinações continuarem, a demanda reprimida retornará por serviços pessoais”.

A alta da inflação vista neste momento, segundo o FMI, também deve apresentar queda “em direção ao ponto médio do intervalo da meta até o final de 2022”.

O Fundo também vê de forma positiva a atuação do governo federal na aquisição de vacinas.

O Fundo não se detém na demora do Brasil em comprar as vacinas contra Covid. Sobre o tema, avalia assim a situação atual:

– O governo adquiriu doses suficientes para inocular a população adulta em 2021, com a população mais vulnerável prevista para ser totalmente inoculada até o final do ano – lembrou.

Para o FMI, o Brasil apresentou “resposta política decisiva” no combate à pandemia, sobretudo pela implementação do auxílio emergencial, “que reduziu significativamente a gravidade da recessão de 2020 e amorteceu seu impacto sobre os pobres e vulneráveis, ao mesmo tempo em que preparou o terreno para uma forte recuperação em 2021”.

Pleno News

Brasil se destaca em inovação entre países de renda média

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Foto: David Hofmann/Unsplash

Pela primeira vez, o Brasil está entre os países de renda média que superaram as expectativas na performance de inovação, atrás apenas da China, Bulgária e Tailândia, nessa ordem.

Essa classificação foi produzida pelo Global Innovation Index 2021 e leva em conta a condição econômica do país. O ranking tem, no total, quatro categorias: performance acima das expectativas para nível de desenvolvimento; performance em linha com nível de desenvolvimento; e todas as outras economias.

Já no ranking geral, o país também subiu cinco posições, chegando a 57º posição. Com isso, o Brasil passa a ocupar maior posição em inovação desde 2012. Porém, o relatório GII 2021 afirma que, com a exceção do México, não houve muito avanço em inovação na América Latina. Apenas outros três países da região conseguiram ficar no top 60. São eles: Chile (53º), México (55º) e Costa Rica (56º).

O Brasil foi a única economia da região cujos gastos em P&D estão acima de 1% do PIB. O valor é comparável a algumas economias europeias, como Croácia e Luxemburgo. Além disso, o país é um dos seis de renda intermediária a hospedar clusters de ciência e tecnologia. A pesquisa observou altas taxas de crescimento em Delhi e Mumbai, na Índia, e em Istambul, na Turquia.

No quesito instituições, o Brasil ficou em 78º lugar ante 82º em 2020. Dentro de instituições há mais três critérios: ambiente político, no qual o Brasil ficou em 85º lugar em 2021 e 91º em 2020, ambiente de negócios (80º em 2020 e 2021) e ambiente de regulaçã0 (de 77 em 2020 para 74º em 2021).

Em sofisticação de negócio, o Brasil subiu uma posição, ficando em 34º, enquanto em sofisticação de mercado saiu de do 91º lugar em para 2020 para o 75º em 2021. Com produção criativa, o país avançou nove posições e chegou ao 66º lugar. No critério produção e conhecimento tecnológicos, o Brasil entrou para 51º colocação após subir cinco posições.

RESULTADOS GERAIS

Conforme o relatório, investimentos demonstraram resiliência durante o período de covid-19. No geral, o investimento em P&D cresceu 10% de 2019 para 2020 entre companhias. Os líderes em inovação foram Suíça, Suécia e Estados Unidos. Ainda assim, poucas economias conseguiram entregar grandes performances no ranking.

A maioria das 25 economias mais inovadoras continuam a ser da Europa. No entanto, países da Ásia estão se destacando cada vez mais. A Coreia do Sul, por exemplo, entrou no top 5 pela primeira vez no GII 2021. Por sua vez, a China tem avançado na classificação de forma constante e estável, se aproximando dos dez melhores.

O volume de investimentos também variou de acordo com o segmento. Os setor de tecnologias de computação e comunicação cresceu, enquanto transporte e viagem declinaram. 80% das indústrias de TIC relataram aumento nos investimentos em P&D para softwares e 65% em hardware e equipamentos elétricos.

O relatório completo, em inglês, pode ser lido aqui.

Fonte: Telesintese

Produção agrícola em 2020 bate novo recorde e atinge R$ 470,5 bilhões

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Foto: Jaromír Kavan/Unsplash

O valor da produção agrícola do país em 2020 bateu novo recorde e atingiu R$ 470,5 bilhões, 30,4% a mais do que em 2019. A produção agrícola nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas chegou, no ano passado, a 255,4 milhões de toneladas, 5% maior que a de 2019, e a área plantada totalizou 83,4 milhões de hectares, 2,7% superior à de 2019.

Os dados constam da publicação Produção Agrícola Municipal (PAM) 2020, divulgada hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Com a valorização do dólar frente ao real, houve também um crescimento na demanda externa desses produtos, o que causou impacto direto nos preços das principais commodities, que apresentaram significativo aumento ao longo do ano. Como resultado, os dez principais produtos agrícolas, em 2020, apresentaram expressivo crescimento no valor de produção, na comparação com o ano anterior”, explicou o IBGE.

A cultura agrícola que mais contribuiu para a safra 2020 foi a soja, principal produto da pauta de exportação nacional, com produção de 121,8 milhões de toneladas, gerando R$ 169,1 bilhões, 35% acima do valor de produção desta cultura em 2019.

Em segundo lugar no ranking de valor, veio o milho, cujo valor de produção chegou a R$ 73,949 bilhões, com alta de 55,4% ante 2019. Pela primeira vez desde 2008, o valor de produção do milho superou o da cana-de-açúcar (R$ 60,8 bilhões), que caiu para a terceira posição. A produção de milho cresceu 2,8%, atingindo novo recorde: 104 milhões de toneladas.

O café foi o quarto produto em valor de produção, atingindo R$ 27,3 bilhões, uma alta de 54,4% frente ao valor de 2019. Já a produção de café chegou a 3,7 milhões de toneladas, com alta de 22,9% em relação ao ano anterior, mantendo o Brasil como maior produtor mundial.

No ano passado, Mato Grosso foi o maior produtor de cereais, leguminosas e oleaginosas do país, seguido pelo Paraná, por Goiás e o Rio Grande do Sul.

Em relação ao valor da produção, Mato Grosso, destaque nacional na produção de soja, milho e algodão, continua na primeira posição no ranking, aumentando sua participação nacional para 16,8%, novamente à frente de São Paulo, destaque no cultivo da cana-de-açúcar. O Paraná, maior produtor nacional de trigo e segundo de soja e milho, ocupou, em 2020, a terceira posição em valor de produção, à frente de Minas Gerais, destaque na produção de café.

“O Rio Grande do Sul, que teve a produtividade de boa parte das culturas de verão afetadas pela estiagem prolongada no início de 2020, apresentou retração de 6,9% no valor de produção agrícola, caindo para a quinta posição no ranking, com participação nacional de 8,1%”, informou o IBGE,

Os 50 municípios com os maiores valores de produção agrícola do país concentram 22,7% (ou R$ 106,9 bilhões) do valor total da produção agrícola nacional. Desses 50 municípios, 20 eram de Mato Grosso, seis da Bahia e seis de Mato Grosso do Sul.

Sorriso (MT) manteve a liderança entre os municípios com maior valor de produção: R$ 5,3 bilhões, ou 1,1% do valor de produção agrícola do país. Em seguida, vieram São Desidério (BA), com R$ 4,6 bilhões, e Sapezal (MT) com R$ 4,3 bilhões.

Agência Brasil

O componente mais fantástico de uma economia de mercado: o sistema de preços

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Foto: Thomas Le/Unsplash

Como os recursos são alocados? Como empreendedores sabem o que deve ser produzido e em qual quantidade? Como os consumidores fazem os empreendedores saber quais são suas demandas?

A resposta é uma só: por meio do sistema de preços.

Não sejamos comedidos com as palavras: se o sistema de preços houvesse sido meticulosamente inventado pelo homem, seria uma das mais genais criações da mente humana.

Não houvesse um sistema de preços, simplesmente ainda estaríamos vivendo em condições de subsistência, com um padrão de vida baixíssimo. Jamais teríamos vivenciado todos os avanços alimentares, tecnológicos, medicinais e de conforto que usufruímos hoje.

Entender o sistema de preços é entender como bilhões de indivíduos completamente estranhos uns aos outros, espalhados pelo globo, falando dezenas de idiomas diferentes, e cada um preocupado apenas com o bem-estar próprio e o de sua família, fazem escolhas e agem de uma maneira que torna completamente possível a nossa atual prosperidade — possibilitando desde a existência diária de todos os tipos de alimentos frescos nas gôndolas dos supermercados até a incrível oferta de todos os tipos de bens de consumo e de serviços à nossa disposição.

Os preços coordenam tudo

O sistema de preços, quando deixado a funcionar livremente, é um engenhoso método de comunicação e coordenação capaz de aprimorar substantivamente as condições de vida dos seres humanos.

Os preços livremente formados nos informam sobre a abundância ou escassez de cada bem ou serviço específico, e coordenam como cada bem e serviço será usado em um dado processo de produção. 

Para os consumidores, um aumento nos preços de um produto sugere que este se tornou mais escasso. Consequentemente, os consumidores irão reduzir o consumo deste produto em decorrência deste aumento do preço e procurar por substitutos mais baratos.

Para os produtores, os preços maiores deste produto informam que pode haver maiores oportunidades de lucro para entrar neste mercado específico. Estes novos concorrentes irão ou produzir mais deste produto, aumentando sua oferta, ou produzir bens alternativos para concorrer com o produto em questão.

Este é o processo de descoberta que define a essência do mercado. E é este processo, quando deixado a ocorrer livremente, que garante que os preços estejam sempre em níveis que tendam a equilibrar oferta e demanda.

Naquele que talvez seja o seu mais importante artigo — O Uso do Conhecimento na Sociedade —, o economista austríaco Friedrich Hayek explicou detalhadamente a importância dos preços: eles transmitem todas as informações detalhadas que diferentes pessoas ao redor do mundo possuem sobre aspectos específicos de vários mercados.

O mercado — ou seja, a interação voluntária e espontânea de bilhões de pessoas ao redor do globo — é incrivelmente eficiente em compilar e extrair informações oriundas de um vasto arranjo de fontes ao redor do globo. Assim, os preços livremente formados no mercado enviam sinais importantes tanto para os consumidores quanto para os produtores, gerando assim uma coordenação espontânea ao redor do globo.

Um carpinteiro no Canadá, por exemplo, não precisa saber que está havendo uma escassez de aço na China para perceber que seus materiais estão mais escassos e mais caros do que antes. O preço dos pregos e parafusos já lhe dirá tudo o que ele precisa saber.

Ou imagine um fabricante de rádio.  Para construir seu produto, ele pode utilizar uma miríade de materiais, desde um simples plástico até a nobre platina. Como a platina é um metal nobre e relativamente escasso, seu preço é alto. Esse preço alto está enviando um sinal inequívoco ao fabricante de rádio: se ele quer usar platina, então é bom que seja para um motivo muito urgente, pois ele estará retirando recursos de outras indústrias para as quais a platina é um dos poucos materiais que tornam seu processo de produção lucrativo. 

Esse alto preço da platina, que o fabricante de rádio certamente não pode pagar, é reflexo do fato de que a platina é necessitada com mais urgência em outros setores da economia, e a lucratividade que ela gera para esses setores permite que seus usuários elevem o preço da platina até o ponto em que passa a não ser vantajoso para o fabricante de rádio competir por esse recurso escasso.

É claro que o fabricante de rádio não necessariamente sabe por que o preço da platina é tão alto, ou quais são seus outros possíveis usos. Tudo o que ele sabe é que a platina é cara — e ele deve reajustar seu processo de produção de acordo com essa realidade. Ele terá, então, de utilizar um material como o plástico, cuja maior abundância ou menor urgência em outros setores torna seu uso mais viável e racional.

Milhões de decisões como essa são feitas diariamente, desde a fabricação de aviões até a produção de pães. As decisões são racionalizadas exatamente por causa do sistema de preços, e sem que os produtores envolvidos nesses processos tenham de saber por que exatamente as condições econômicas do momento fazem os preços serem como são. 

Se houver gerenciamento, haverá ruptura

Esses exemplos nos mostram como o arranjo é intrincado e instável demais para ser “gerenciado” ou sofrer uma “sintonia fina”. 

O sistema de preços aloca os recursos de forma que eles sejam utilizados da maneira mais racional possível, de modo a evitar desperdícios e más alocações. Qualquer controle de preços, por mais trivial que pareça, irá inevitavelmente perturbar e descoordenar todo esse complexo arranjo.

Conclusão lógica: qualquer intervenção no sistema de preços irá gerar irracionalidade na produção, desperdícios de recursos e escassez de bens. Qualquer intervenção no sistema de preços, inclusive no preço da mão-de-obra ou no preço do dinheiro (juros), também gerará efeitos disruptivos.

Para ilustrar todo o maravilhoso funcionamento do sistema de preços, a espetacular coordenação que ele gera e, acima de tudo, os resultados surpreendentes e inesperados causados por súbitas alterações nos preços de determinados produtos, não posso fazer mais do que recomendar efusivamente o vídeo abaixo (de menos de 5 minutos e com legendas em português).

Quem poderia imaginar que o aumento do preço do petróleo na década de 1970 levaria a um aumento do consumo de chocolates?


Donald Boudreaux foi presidente da Foudation for Economic Education, leciona economia na George Mason University e é o autor do livro Hypocrites and Half-Wits.

Fonte: Mises Brasil