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Governo fixa ações para avaliar importação de produtos agropecuários

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Foto: Thalyson Souza/Unsplash

Portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estabelece procedimentos que deverão ser observados para a avaliação do impacto da abertura do mercado brasileiro para a importação de produtos agropecuários. 

De acordo com a portaria nº133, publicada no Diário Oficial de hoje (24), ficará a cargo da Secretaria de Defesa Agropecuária fixar os requisitos sanitários, fitossanitários e de segurança exigidos para a importação de produtos agropecuários. 

Já a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais será o órgão competente para avaliar os impactos econômicos e comerciais, bem como os impactos nas relações internacionais, decorrentes da abertura do mercado brasileiro para esses produtos.

Mercado brasileiro

A portaria detalha, ainda, a tramitação dos processos que tratam da “potencial abertura” do mercado brasileiro para produtos agropecuários. Ela prevê que a Secretaria de Defesa Agropecuária encaminhe à Secretaria de Comércio e Relações Internacionais – por meio do Sistema Eletrônico de Informações ou outro sistema eletrônico oficial em vigor – os processos com a conclusão das discussões técnicas e a decisão sobre requisitos sanitários, fitossanitários e de segurança que serão estabelecidos para abertura do mercado do Brasil para produtos agropecuários importados.

A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais promoverá a avaliação dos impactos econômicos e comerciais e nas relações internacionais dos processos encaminhados pela Secretaria de Defesa Agropecuária.

Após a manifestação da Secretaria de Comércio, a Secretaria de Defesa Agropecuária dará sequência à publicação dos atos de definição dos requisitos sanitários, fitossanitários e de segurança a serem estabelecidos para abertura do mercado de produtos agropecuários para importação para o Brasil.

Agência Brasil

Projeção do mercado financeiro para alta do PIB sobe para 3,52%

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) elevaram a projeção para a expansão da economia brasileira pela quinta semana consecutiva. A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – subiu de 3,45% para 3,52%.

Para o próximo ano, a estimativa de crescimento do PIB caiu de 2,38% para 2,30%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,50%.

As estimativas estão no boletim Focus de hoje (24), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC, com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Inflação

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,15% para 5,24%, na sétima alta consecutiva.

Para 2022, a estimativa de inflação passou de 3,64% para 3,67%. Tanto para 2023 como para 2024 a previsão para o índice é de 3,25%.

A estimativa para 2021 está quase no limite superior da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

O centro da meta de inflação para 2022 é 3,50% e para 2023, 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 3,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic termine 2021 em 5,5% ao ano. Para o fim de 2022, 2023 e 2024, a estimativa é de que a taxa básica encerre estes períodos em 6,5% ao ano.

Câmbio

A expectativa para a cotação do dólar permaneceu em R$ 5,30 ao final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é de que a moeda americana também fique em R$ 5,30. A previsão anterior era R$ 5,35.

Agência Brasil

Respeitar a propriedade privada dos mais pobres é a solução para a pobreza

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Foto: Jorge Quintão - Multiverse

Transferências de renda podem aliviar a miséria, mas não são capazes de fazer com que seus recipientes sejam criadores de valor. 

Ninguém quer ser um recipiente onde se jogam esmolas. Não é razoável acreditar que um indivíduo quer ser um passivo para a sociedade. 

Mas é razoável acreditar que um indivíduo quer ter a consciência de que seu trabalho está gerando valor para terceiros; de que a sociedade seria um lugar mais pobre sem a sua presença. Quando um indivíduo produz, ele se torna um ativo social. Ao auferir renda, ele se torna digno.

No entanto, se o estado impossibilita um indivíduo de produzir e gerar renda, ele o estará condenando ao perpétuo recebimento das esmolas. Ou então irá transformá-lo em um “criminoso” que empreende e produz sem a autorização do estado.

Sim, estamos falando da economia informal.

A informalidade é ponto de chegada, e não de partida

O estado argumenta que o problema da economia informal é que ela não paga impostos, o que reduz a arrecadação tributária. (O estado, como sabemos, precisa de cada vez mais dinheiro para manter o padrão de vida de seus membros e suas aposentadorias integrais).

O estado também argumenta que, dado que alguns comerciantes operam nesse marco de ilegalidade, eles representam uma concorrência desleal perante aqueles que pagam todos os seus impostos e cumprem com todas as regulamentações.

No entanto, a problemática da economia informal não está em nada disso.

Com efeito, a informalidade é um ponto de chegada, e não um ponto de partida. A informalidade não é onde as pessoas começam, mas sim onde elas terminam. 

O excepcional economista peruano Hernando de Soto mostra em seus livros que a informalidade é a consequência de um sistema tributário, burocrático e jurídico extremamente oneroso, que impede que os setores menos favorecidos da população participem dele.

Em seu livro “El Otro Sendero“, que faz uma pesquisa abrangente sobre o mercado informal do Peru, publicado no ano de 1986, de Soto mostra que, para registrar uma oficina de produtos têxteis, eram necessários 289 dias e um gasto total de US$ 1.231, o que à época equivaliam a 32 salários mínimos no Peru.

Já em seu livro “O Mistério do Capital“, de 2001, de Soto mostra que os pobres são extremamente capazes de gerar riqueza, porém são impedidos disso pelo estado, que não reconhece seus direitos de propriedade.

Este ponto é crucial.

Propriedade privada não pode ser um luxo apenas dos mais ricos

Nestes seus dois livros, o principal argumento de De Soto é que aqueles modelos econômicos baseados no ativismo estatal expulsaram (e mantiveram de fora) da vida econômica os mais pobres do mundo.

Por causa das regulações e das burocracias, os mais pobres passaram a viver em moradias (mais especificamente, favelas) sobre as quais não possuíam títulos de propriedade; a cultivar terras sem saber se poderiam usufruir das colheitas; e a trabalhar em fábricas que só conseguiam se manter ativas se evadissem regulações e impostos.

Estas pessoas pobres estavam, portanto, agindo fora da lei. Mas não eram criminosas. Eram vítimas de um sistema estatal em que as leis eram feitas por outros e para outros. Se o estado de direito pudesse ser estendido para elas, argumentou De Soto, os mais pobres do mundo poderiam melhorar sua situação e, consequentemente, enriquecer a economia de seus países.

Eis um exemplo do grande insight de De Soto: as cidades do terceiro mundo são circundadas por acampamentos e favelas construídos por migrantes pobres em terras que teoricamente pertencem a terceiros: governo; associações coletivas agrícolas já extintas; e donos de terra que há muito tempo já deixaram o país.

Todos aceitam que estes assentamentos já são uma realidade urbana permanente. A lei vê apenas o que existia antes lá, e não o que há lá agora.

E o que há lá agora? Para o seu livro O Mistério do Capital, de Soto tirou fotos de satélite das favelas de cidades como Cairo, Lima e Porto Príncipe. Sua equipe de pesquisa então sobrepôs um quadriculado com escalas sobre as fotos e contou o número de favelas dentro de cada quadrado. Eles então pesquisaram, no local, o valor de mercado (informal) daquelas moradias, e descobriram que cada uma valia no mínimo 500 dólares. 

Ato contínuo, fizeram uma multiplicação: o valor de cada moradia vezes o número de moradias em cada quadrado vezes o número de quadrados em toda a favela fotografada por satélite.

Eis sua conclusão:

Então, qual é o valor de todos os imóveis e construções habitados extralegalmente, especialmente pelos pobres, no Egito? A resposta é 241 bilhões de dólares.

Qual é a porcentagem de egípcios que possuem imóveis fora da lei? A resposta é 92%. […]

O que são 241 bilhões de dólares? Isso é cinquenta e cinco vezes todo investimento estrangeiro direito feito no Egito ao longo dos últimos 200 anos, incluindo o Canal de Suez e a Represa Assuã; trinta vezes maior que o valor de mercado de todas as empresas listadas na Bolsa de Valores do Cairo; e sessenta e oito vezes o valor de todos os auxílios externos e bilaterais recebidos pelo Egito, incluindo empréstimos do Banco Mundial.

Em outras palavras, o grupo no Egito com a maior acumulação de ativos que poderiam ser convertidos em capital são os pobres, mas eles estão fora do sistema legal. E é impossível criar uma economia de mercado que abranja os pobres se eles estão fora do estado de direito.

Para o continente africano, de Soto estimou que o capital morto em forma de moradias urbanas informais e em terras coletivas rurais equivale a três vezes a renda anual do continente.

Para todo o mundo, de Soto estimou que os pobres, só nas terras que possuem de fato mas não de direito, estavam sentados em cima de quase 10 trilhões de dólares (e isso em 2001).

No entanto, sem título de propriedade, não podiam capitalizar em cima desse valor.

De Soto estimou que 80% da propriedade nos países em desenvolvimento está totalmente na informalidade. Isso significa que há dezenas de milhões de famílias no continente que simplesmente não podem utilizar sua propriedade como garantia para a obtenção de crédito, com o qual poderiam abrir pequenas empresas, fornecer empregos e, de forma geral, se integrar ao sistema produtivo. 

Que os pobres virem proprietários

A solução de De Soto: dêem a estes proprietários de fato o título de propriedade sobre suas habitações. Dêem a eles a capacidade de, legalmente, comprar e vender seus ativos, alugar para inquilinos, usar como garantia para a obtenção de empréstimos para empreender ou educar seus filhos.

Faça o mesmo com estabelecimentos comerciais e fabris, e com terrenos agrícolas. Legalizem todos e concedem títulos de propriedade para seus ocupantes.

E aí apenas observe o mercado em ação.

O grande feito de De Soto foi constatar que até mesmo os pobres possuem balancetes, com ativos e passivos. Um pequeno pedaço de terra nos morros de uma favela no Rio pode ser um ativo bastante valioso, se aquela pessoa puder se tornar proprietária legítima dele.

Ao não reconhecer a moradia e os pequenos empreendimentos informais dos pobres, o estado impede que eles utilizem esse capital para auferir renda, tomar crédito e ampliar sua capacidade de produção, como ocorre no mundo desenvolvido.

E isso pode ser corrigido com títulos de propriedade. O simples respeito à propriedade privada é o caminho para a prosperidade.

Para concluir

Os pobres, em suma, são impedidos de gerar renda e riqueza porque o governo não reconhece seus direitos de propriedade. Sem título de propriedade, não podem capitalizar em cima desse valor. 

Milhões de famílias hoje simplesmente não podem utilizar sua propriedade como garantia para nada. Se a casa ou o terreno de uma família pobre não são formalmente seus (como no caso das favelas brasileiras), não há nenhuma medida econômica que possa compensar tudo isso.

Em vez de encarar a informalidade como um fenômeno indesejado, o estado deveria começar a vê-la como aquilo que realmente é: um inegável sinal de que suas tradicionais políticas intervencionistas fracassaram abismalmente (veja aqui as causas históricas do déficit habitacional brasileiro). 

Consequentemente, se o estado considera que a informalidade é algo ruim, então, por uma questão de lógica, também deve considerar as políticas que geraram sua existência como algo inerentemente ruim e que devem ser abolidas.


Gustavo Guimarães – Administrador de empresas pela FGV-SP, empreendedor do ramo da construção civil, e autodidata em economia.

Fonte: Mises Brasil

Pesquisa da UFMG desenvolve teste que detecta covid-19 pela urina

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Imagem: Fusion Medical Animation/Unsplash

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou ter obtido a patente para um novo teste voltado para o diagnóstico da covid-19. O exame é capaz de detectar a presença de anticorpos que combatem o novo coronavírus nas amostras de urina dos pacientes.

A pesquisa que levou ao desenvolvimento do teste e comprovou seus resultados satisfatórios integrou o pós-doutorado da bióloga Fernanda Ludolf na Faculdade de Medicina da UFMG e foi realizada em interlocução com outras instâncias da universidade, como o Instituto de Ciências Biológicas e o Hospital das Clínicas. Contou ainda com o reforço de pesquisadores que vêm se debruçando sobre estudos envolvendo a covid-19, como os infectologistas Eduardo Coelho e Vandack Alencar e o virologista Flávio Fonseca.

Segundo Ludolf, foram analisadas 240 amostras de aproximadamente 150 pacientes. A sensibilidade foi de 94%, o que significa que, de cada 100 pessoas que tiveram contato com o novo coronavírus, 94 são identificadas. Também foi obtida uma especificidade de 100%, ou seja, não houve nenhum caso em que o resultado positivo detectou uma doença diferente da covid-19.

“Não estamos detectando o coronavírus em si. Então o que podemos falar a partir desse exame é que o paciente teve contato com o coronavírus e que ocorrreu a conversão imunológica. Ele produziu anticorpo”, explica a bióloga. Ou seja, um resultado positivo não significa que a pessoa ainda está infectada, pois seu organismo pode já ter eliminado o invasor.

O teste é baseado no método conhecido como Elisa (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay ou, em português, Ensaio de Imunoabsorção por Ligação Enzimática). Ele difere do método RT-PCR, que se vale de um swab nasal para coletar uma amostra de secreção respiratória na qual o novo coronavírus pode ser detectado. Esse é o exame que tem sido mais indicado pelas autoridades sanitárias para avaliar se a infecção está ativa.

O novo teste, por sua vez, é uma alternativa aos exames sorológicos que se valem de amostras de sangue. Eles também são voltados para detectar anticorpos e avaliar a resposta imunológica. O estudo realizou comparativos entre estas duas possibilidades. Segundo Ludolf, os resultados foram similares: usando amostras tanto de urina como de sangue, foi possível identificar a presença de anticorpos antes do período de 20 dias após o início dos primeiros sintomas.

Segundo Ludolf, o novo teste é mais simples, mais barato e menos invasivo do que os exames sorológicos atualmente em uso. Ele não necessita de agulhas e seringas, o que torna seu custo mais baixo, sua coleta mais prática e sua utilização possível mesmo em áreas mais remotas. Além disso, as amostras de urina são de fácil conservação. O exame é também pioneiro no mundo. A pesquisadora explica que a presença de anticorpos na urina é comum em outras doenças, mas ainda havia pouca investigação se essa situação ocorreria com a covid-19.

De acordo com a Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da UFMG, já estão em curso negociações com laboratórios das áreas de saúde e biotecnologia para que a novidade possa ser colocada à disposição da sociedade. Uma vez estabelecida a parceria, o teste precisa ainda ser avaliado e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Agência Brasil

Internet no campo pode elevar produção agropecuária em até R$ 100 bi

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Foto: Vlad Moisuc/Unsplash

Com apenas 23% da área rural coberta com sinal de internet móvel, o Brasil poderia ampliar o valor da produção agrícola em até R$ 100 bilhões com a ampliação do sinal de telefonia. A estimativa consta de estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) divulgado, hoje (19), pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria.

O estudo apresentou projeções de aumento do Valor Bruto da Produção (VBP) em dois cenários de ampliação de cobertura do sinal móvel de internet (2G, 3G e 4G) até 2026. O impacto positivo corresponderia a R$ 47,56 bilhões, no caso de ampliação da cobertura das áreas rurais de 23% para 48%, e a R$ 101,47 bilhões, num eventual aumento para 90%. Atualmente, o VPB está em R$ 1,057 trilhão. 

O primeiro cenário contempla a modernização das 4,4 mil torres de telefonia celular existentes no país. O segundo considera a instalação de 15.182 novas torres em todo o território nacional.

Projeto

Em parceria com o Ministério das Comunicações, o Ministério da Agricultura promove um projeto de conexão de 156 comunidades e assentamentos rurais de 134 municípios à internet banda larga distribuída por satélites. As localidades ficam em 10 estados, principalmente no Norte e no Nordeste, sem cabos de fibra óptica ou antenas.

Entre os usos potenciais da banda larga, está a realização de cursos de capacitação online e prestação de assistência técnica remota, além da educação a distância de produtores e trabalhadores do campo. “Nosso produtor rural demanda tecnologia e está apto para continuar recebendo mais inovação. A conectividade promove o avanço tecnológico no campo. E também promove uma aproximação real do meio rural com os grandes centros urbanos”, disse a ministra Tereza Cristina na apresentação das ações da pasta para a área.

A conexão com a internet via satélite depende da instalação de receptores nessas localidades, que retransmitem o sinal sem fio às comunidades. Até agora, segundo o Ministério da Agricultura, 51 pontos de conectividade foram instalados em assentamentos nos estados de Alagoas, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba e Sergipe. A definição das comunidades considera o índice de desenvolvimento humano (IDH) e a densidade populacional.

O Ministério da Agricultura apresentou outra sugestão para ampliar a cobertura de internet no campo. As empresas operadoras de rede de internet poderiam ocupar espaços ociosos no espectro de radiodifusão e fornecer internet por meio de ondas semelhantes às de rádio e televisão.

O aproveitamento dos espaços ociosos no espectro tem largura de banda suficiente apenas para envios de mensagens de texto e de voz por aplicativos ou redes sociais. A tecnologia, no entanto, depende de regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Desde maio de 2020, a proposta está em consulta pública na agência.

Rede 5G

Os ministérios da Agricultura e das Comunicações apresentaram um terceiro cenário para a ampliação da cobertura de internet no campo. Por meio da tecnologia 5G, cujo leilão está previsto para o segundo semestre, a agricultura digital pode virar realidade, com a conexão entre objetos e organismos biológicos. Sensores instalados em solos, plantas e animais podem capturar dados em tempo real e enviá-los a plataformas e sistemas que ajudem o produtor a tomar decisões.

Segundo o Ministério das Comunicações, 20 projetos-pilotos de internet 4G e futuramente 5G estão sendo implementados pela pasta, dos quais sete em áreas rurais. O primeiro foi inaugurado em Rondonópolis (MT), no dia 11. As demais instalações estão previstas para as seguintes localidades: Padef (DF), Londrina (PR), Uberaba (MG), Ponta Porã (MS), Rio Verde (GO), Petrolina (PE) e Bebedouro (SP).

“Temos uma sinergia muito grande para um trabalho conjunto. Durante muito tempo o agro funcionou com pouca tecnologia de forma pujante. Com a chegada do 5G, vamos poder realmente mostrar o poder do agro. Temos a necessidade de implementação dessa tecnologia para universalizar a cobertura móvel na área rural”, declarou o ministro Fábio Faria na apresentação do estudo.

Universalização

Antes mesmo da instalação do 5G, as empresas que disputarão o leilão deverão garantir, como contrapartida, a conectividade 4G para localidades com até 600 habitantes e para as principais rodovias do país. Comunidades rurais próximas de centros urbanos podem ser atendidas com a ampliação da rede de fibra óptica.

Para melhorar algumas infraestruturas de comunicação, o Ministério da Agricultura pretende participar do comitê gestor do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), que fornece linhas de crédito para esses projetos. A entrada da pasta no comitê do Fust depende de regulamentação via decreto.

Agência Brasil

Brasileiros já pagaram mais de R$ 1 trilhão em impostos este ano

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Imagem: Eric Perlin/Pixabay

Os brasileiros já pagaram R$ 1 trilhão em tributos arrecadados desde o 1º dia do ano de 2021 pelos governos federal, estaduais e municipais, de acordo com o que registra o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Essa marca foi atingida às 7h53 de hoje (19). Entraram na conta impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária.

Segundo as informações da ACSP, no ano passado esse valor foi superado no dia 27 de junho e em 2019, em 24 de maio. “O índice, portanto, aponta que os contribuintes brasileiros devem pagar mais dinheiro para os cofres públicos neste ano do que pagaram em 2020 e, até mesmo, em 2019, época sem pandemia”.

De acordo com a análise da ACSP, o aumento da inflação no período, comparada com as elevações de preços de produtos registradas anteriormente, a desvalorização do real frente ao dólar e o crescimento da economia em alguns setores como os relacionados ao aumento das importações, à indústria, à saúde, aos grandes varejistas e ao comércio considerado não essencial foram os fatores que contribuíram para essa marca. Também determinaram esse valor o aumento das compras online e pedidos de delivery.

Segundo o economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, várias prestações de serviços e o comércio estão sendo muito afetados na pandemia, mas atividades que geram muitos impostos também cresceram bastante. “Alguns exemplos são as exportações, que estão em alta, e o montante das vendas em supermercados que, além de estar muito elevado, ainda proporciona maior arrecadação por conta dos preços dos produtos que vêm subindo”.

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, de 2016 a 2019, os brasileiros tiveram de trabalhar 153 dias para pagar impostos. No ano passado, foram 151.

O Impostômetro foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade. Está localizado na sede da entidade, na região central da capital paulista.

Agência Brasil

Privatização da Eletrobras é necessária para consumidor

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Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que a privatização da Eletrobras é essencial, necessária para o consumidor brasileiro e principalmente para a redução das tarifas de energia elétrica. O ministro foi entrevistado nesta segunda-feira (17) no programa Sem Censura, da TV Brasil, e falou também sobre tarifa de luz, petróleo, combustíveis, agências reguladoras e até sobre sua atuação como comandante de submarino quando ainda estava na ativa na Marinha do Brasil.

“A capitalização da Eletrobras vai permitir que metade da outorga dela vá para aquele parte da tarifa de energia elétrica que são os tributos, os subsídios e também a parte que engloba toda a parte tributária. Isso vai ser muito benéfico para o consumidor e a Eletrobras vai poder fazer os investimentos que hoje ela não tem capacidade de fazer”, disse o ministro.

Tarifa de luz

Albuquerque explicou que nos últimos sete anos o Brasil está abaixo da média de chuvas histórica e, com isso, se tem usado as usinas termoelétricas, o que tende a tornar a energia mais cara, mas garante a segurança energética do país. Mesmo assim, o ministro disse que não deve haver um grande aumento nas tarifas.

“O custo da energia aumentou. Isso não significa que a tarifa vá aumentar na mesma proporção. Nós temos adotado medidas desde março de 2020, quando a pandemia foi oficialmente decretada, e conseguimos com medidas bem elaboradas, com ajuda do Congresso Nacional, que as tarifas não crescessem no ano de 2020, como também no ano de 2021, e estamos trabalhando para que no ano de 2022 ocorra da mesma forma. Nos dois últimos anos, 2019 e 2020, as tarifas cresceram em média 5% somados os dois anos”, valor abaixo da inflação acumulada no período, destacou. 

O ministro foi enfático ao dizer que o governo não segura tarifas e respeita contratos. “Todas as distribuidoras têm contratos com os consumidores e esses contratos para nós é segurança jurídica. O que nós estamos fazendo é diminuindo encargos da conta de luz. A geração propriamente dita corresponde a 34% da conta de luz, agora os encargos, subsídios e impostos correspondem a 40%, 45% dessa tarifa e é nisso que estamos trabalhando junto com o Congresso Nacional para que o consumidor continue tendo bons serviços e a preços mais justos e a preços que ele possa efetivamente pagar.”

Novas matrizes

A energia baseada em usinas hidrelétricas atualmente representam 60% da matriz energética do país. “Daqui a 10 anos elas representarão 49%. A nossa matriz, que é uma matriz muito limpa, renovável, ela continua se expandindo, mas evidentemente que com novas fontes energéticas, se ajustando de acordo com a evolução tecnológica”.

Nos últimos dois anos, o Brasil realizou diversos leilões de geração de energia e, desses leilões, 85% foram de energia renovável, como eólica, solar, biomassa. “Nós estamos transformando a nossa matriz que já é a mais limpa do mundo, para que ela continue limpa e seja renovável e sustentável.”

O ministro também falou sobre o futuro da energia nuclear no Brasil. O Plano Nacional de Energia de 30 anos prevê uma expansão de 10 gigawatts na geração nuclear no país para manter o equilíbrio da matriz energética. Segundo Albuquerque, a energia nuclear vai ser essencial. “A energia nuclear está na agenda dos maiores países do mundo e também da transição energética que o mundo está vivendo para uma economia de baixo carbono.”

Agência Brasil

Lançada campanha de combate à violência contra crianças e adolescentes

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Foto: Kat J/Unsplash

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta segunda-feira (17) o decreto que institui o Programa Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes. A assinatura do documento ocorreu durante evento de lançamento de uma campanha nacional de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, na sede do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A iniciativa é parte do Maio Laranja, movimento criado para chamar atenção da sociedade para o problema.

“Nós estamos aqui pra dizer que a gente tem agora um Maio Laranja, mas nosso sonho é que todos os meses fossem laranja e que todos os dias fossem laranja, e que todos se levantassem no enfrentamento à violência sexual contra a criança no Brasil, e a exploração sexual”, afirmou a ministra Damares Alves.

Segundo a pasta, o programa tem caráter intersetorial e busca unir esforços entre os diversos atores do sistema de proteção, inclusive da sociedade civil, conselhos tutelares, delegacias e juizados especializados. Para atingir as metas previstas, o texto do decreto estabelece diretrizes que incluem ações de prevenção, por meio de formação continuada de operadores do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e Adolescente Vítima ou Testemunha de Violência, além de campanhas de sensibilização da população em geral.

“Não tem como você relativizar um tipo de violência como esse. Eu peço a Deus que vocês continuem nessa toada, que possíveis operações, que devem ocorrer, cheguem realmente a quem tenha que chegar”, afirmou Bolsonaro, logo após a assinatura do decreto.

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informou que o orçamento do programa será composto por emendas parlamentares e parceiras público-privadas e com estados e municípios.

Comissão

Ainda segundo o decreto, que será publicado no Diário Oficial da União (DOU), será instituída a Comissão Intersetorial de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, que tem como missão monitorar e avaliar o novo programa. O órgão consultivo deverá priorizar o combate das violências física, sexual, psicológica e institucional.

O colegiado será presidido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e contará com a participação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério da Educação, do Ministério da Cidadania, o Ministério da Saúde, o Ministério do Turismo e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Agência Brasil

Movimentação portuária cresceu 10,5% no 1º trimestre, diz ANTAQ

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Foto: Eelias/Unsplash

As instalações portuárias brasileiras (portos públicos e portos privados) movimentaram 278,6 milhões de toneladas de cargas no primeiro trimestre de 2021, o que representou crescimento de 10,5% em comparação com igual período do ano passado, quando foram operados 252,2 milhões de toneladas.

Neste primeiro trimestre, foram embarcados (exportações) nas instalações portuárias brasileiras 148 milhões de toneladas, representando crescimento de 9,3% em comparação com igual período do ano passado. Já as operações de desembarque (importações) somaram 42 milhões de toneladas, registrando crescimento de 17,5% em relação ao período janeiro/março de 2020.

Os portos públicos foram responsáveis por 33,5% (93,3 milhões de toneladas) da movimentação total, e os portos privados por 66,5% (185,3 milhões de toneladas). Os dados são do Estatístico Aquaviário, produzido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, e, além da movimentação e do transporte de cargas no conjunto das instalações portuárias brasileiras pelas navegações de longo curso, cabotagem, apoio marítimo, apoio portuário e navegação interior, traz ainda informações sobre frota, afretamento e atracações de embarcações, entre outros indicadores.

As instalações que mais movimentaram no período foram o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, que operou 41,3 milhões de toneladas, registrando crescimento de 5,9% em comparação com o primeiro trimestre de 2020; e o Porto de Santos, cuja movimentação atingiu 27,3 milhões de toneladas (+10,79%).

Considerando a movimentação por perfil de carga, todas as modalidades registraram crescimento neste primeiro trimestre em relação à igual período do ano passado. Foram movimentados 31 milhões de toneladas de carga conteinerizada (+10,5%), o que significou 2,978 milhões de toneladas a mais do que no primeiro trimestre de 2020; 155,4 milhões de toneladas de granéis sólidos (+8,9%); 77,6 milhões de toneladas de granéis líquidos e gasosos (+13,9%); e 14,1 milhões de toneladas de carga geral (+11%).

Entre as mercadorias que apresentaram maior crescimento no primeiro trimestre deste ano na comparação com igual período de 2020, destaque para Petróleo e Derivados, com a operação de 69,8 milhões de toneladas (+13,7%); minério de ferro, com a movimentação de 81,6 milhões de toneladas, crescimento de 15,9%; e contêineres com 31,4 milhões de toneladas (+10,5%).

Os portos de Santos/SP, com 9,4 milhões de toneladas movimentadas, Paranaguá/PR (2,6 milhões de toneladas) e Rio Grande/RS (1,8 milhão de toneladas) foram os que mais operaram contêineres entre os portos públicos no primeiro trimestre de 2021, enquanto o TUP Portonave, com 3 milhões de toneladas movimentadas e crescimento de 55% em relação a igual período do ano passado, foi o principal destaque entre os portos privados.

Navegação

A movimentação de cargas pelo longo curso cresceu 11%, atingindo 190 milhões de toneladas, e pela cabotagem 11,9%, totalizando 71,7 milhões de toneladas no período. Já na navegação interior, houve uma leve queda (-0,28%).

AS operações de contêineres cresceram nas três navegações neste trimestre em comparação ao primeiro trimestre de 2020: no longo curso cresceu 10,2%, totalizando 22,3 milhões de toneladas; na cabotagem +9,3% (8,7 milhões de toneladas); e na navegação interior +37,4% (328 mil toneladas).

Clique aqui para acessar o Estatístico Aquaviário da ANTAQ com os números do 1º trimestre de 2021.

Fonte: Antaq

Mercado financeiro aumenta previsão de crescimento da economia

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Foto: Jo Van de kerkhove/Unsplash

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 3,21% para 3,45%.

Para o próximo ano, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 2,38%, ante a previsão da semana passada de 2,33%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%.

As estimativas estão no boletim Focus de hoje (17), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC, com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Inflação

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,06% para 5,15%.

Para 2022, a estimativa de inflação passou de 3,61% para 3,64%. Tanto para 2023 como para 2024 a previsão para o índice é de 3,25%.

A estimativa para 2021 está próxima do limite superior da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 3,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 5,5% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica suba para 6,5% ao ano. Na semana passada, a expectativa era 6,25% ao ano. E para o fim de 2023 e 2024, a previsão permanece em 6,5% ao ano.

Câmbio

A expectativa para a cotação do dólar caiu de R$ 5,35 para R$ 5,30 ao final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,35. A previsão anterior era R$ 5,40.

Agência Brasil