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EUA pedem que Brasil “mantenha olhar crítico” sobre a China

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Foto: Macau Photo Agency/Unsplash

As principais autoridades norte-americanas exortaram o Brasil a monitorar cuidadosamente os investimentos chineses no país e os movimentos de Pequim para expandir sua influência na maior economia da América Latina por meio da venda de tecnologia 5G pela Huawei.

O representante comercial dos Estados Unidos (EUA), Robert Lighthizer, ressaltou o desejo do governo do presidente Donald Trump de expandir os laços econômicos com o Brasil, mas minimizou perspectivas de um acordo de livre comércio abrangente, dada a atual oposição do Congresso.

Lighthizer disse que os acordos comerciais alcançados com o Brasil na segunda-feira abririam o caminho para novas negociações sobre aço, etanol e açúcar e promoveriam maiores investimentos dos EUA, num momento em que Washington se move para fornecer um contrapeso à expansão da China na região.

“Eu diria claramente que há um elemento China em tudo o que todos nós fazemos”, disse Lighthizer em evento organizado pela Câmara Americana de Comércio. “A China tem feito movimento muito significativo no Brasil. Eles são o maior parceiro comercial do Brasil, então é algo que nos preocupa.”

Os comentários de Lighthizer fazem parte de uma ampla campanha dos Estados Unidos para convencer o Brasil a evitar investimentos em tecnologia 5G da China e reduzir sua dependência das importações chinesas.

O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que o governo norte-americano instou o presidente Jair Bolsonaro e outras autoridades brasileiras a acompanhar de perto os investimentos e tecnologias avançadas da China, como fez Washington.

“Incentivamos o Brasil a tentar trabalhar junto para garantir que vigiemos a China com atenção no que diz respeito a todos os tipos de tecnologia e telefonia e 5G”, disse ele no evento.

“Temos atuado aqui nos Estados Unidos, continuamos avançando, e é minha grande esperança que o Brasil atue conosco”, acrescentou. “Esperamos que o Brasil também mantenha um olhar crítico e cuidadoso sobre os investimentos chineses.”

O embaixador norte-americano em Brasília, Todd Chapman, alertou em julho que o país pode enfrentar “consequências” se permitir a Huawei em sua rede 5G, referindo-se aos avisos dos EUA de que a China não consegue proteger a propriedade intelectual.

Os EUA intensificaram os esforços para limitar o papel da Huawei na implementação da tecnologia de alta velocidade de quinta geração no Brasil nos últimos meses. Os EUA acreditam que a Huawei entregará dados ao governo chinês para espionagem, uma afirmação que a Huawei nega.

Chapman disse no evento da Câmara de Comércio que Estados Unidos e Brasil pretendem dobrar o comércio bilateral em cinco anos ante valor atual de cerca de 100 bilhões de dólares.

Ele disse que o acordo assinado na segunda-feira representa um avanço substancial nos laços comerciais e ajudaria a facilitar futuras negociações.

Segundo Chapman, Estados Unidos e o Brasil também estão discutindo cooperação militar de “nível estratégico” e buscando formas de aumentar o intercâmbio de tecnologia.

Agência Brasil

Ministério da Infraestrutura inicia fusão de estatais

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Foto: Campbell Boulanger/Unsplash

O Ministério da Infraestrutura anunciou o início do processo de unificação de duas empresas estatais com sobreposição de finalidades: a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) – que realiza estudos técnicos para concessões de transportes – e a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S/A – responsável pelas ferrovias brasileiras. Ambas terão funcionários e atribuições incorporados à nova empresa, que será chamada Infra S.A.

“A implantação da Infra S.A., que vai incorporar a Valec e a EPL, fará o Minfra deixar de ter duas empresas dependentes do Tesouro Nacional e que apresentam prejuízo acumulado para o surgimento de uma nova, que vai reduzir custos de funcionamento, ser autossuficiente e competitiva, aumentar a produtividade e ampliar a eficiência na estruturação de projetos de infraestrutura, sempre pensando a logística de transportes, estruturando o futuro, sem qualquer descontinuidade ao que está em andamento atualmente”, informou Marcelo Sampaio, secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura.

O plano de fusão das estatais deverá ser apresentado no prazo de 90 dias e a previsão é que todo o processo seja concluído em 270 dias. Durante o prazo inicial, consultores apresentarão os resultados do modelo de funcionamento da Infra S.A., com padrões para a governança do projeto e o alinhamento estratégico com os principais executivos das empresas.

Segundo a pasta, avaliações trimestrais serão feitas para acompanhar o desenvolvimento e a performance da nova estatal. A empresa responsável pela unificação, a Consultoria Falconi, prevê uma empresa mais enxuta com os cortes de gastos administrativos, e mais ágil, com investimentos em conhecimentos gerenciais e técnicos para os funcionários. A projeção também cita ganhos de eficiência e aumento de produtividade para a Infra S.A.

A criação da Infra S.A. é a primeira investida do governo federal em fusão de estatais.

Agência Brasil

Brasil participa da abertura de fórum econômico com países árabes

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Foto: David Rodrigo/Unsplash

O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (19) que a aproximação no campo político entre Brasil e países árabes tem permitido novos espaços de cooperação em setores estratégicos, como ciência, tecnologia, inovação e energia. Bolsonaro participou da abertura do Fórum Econômico Brasil e Países Árabes, que acontece de forma virtual até a próxima quinta-feira (22).

No ano passado, o presidente brasileiro esteve em visite aos Emirados Árabes Unidos, Catar e Arábia Saudita onde apresentou as reformas que o governo está empreendendo na área econômica e as oportunidades de investimento no país. Em 2019, o intercâmbio entre o Brasil e países árabes superou os US$ 11 bilhões.

No ano passado, o Brasil exportou US$ 4,9 bilhões para os 22 países da Liga Árabe e de janeiro a agosto de 2020, as exportações já chegaram a US$ 4,6 bilhões. De acordo com o presidente brasileiro, o destaque é para os produtos do agronegócio.

“Hoje, a produção brasileira halal, que respeita as tradições e regras da religião islâmica, é sinônimo de qualidade e confiança. Por isso, os países árabes pode contar com o Brasil como parceiro estratégico na garantia de sua segurança alimentar”, disse.

De acordo com Bolsonaro, cerca de 30 empresas brasileiras possuem escritórios e unidades de produção no Oriente Médio. Durante seu discurso, ele destacou também as parcerias comerciais em países árabes da África, como Egito, Marrocos e Argélia.

“Pretendemos continuar a estreitar laços históricos, culturais e de amizade que unem os nossos povos. Também quero aproveitar o enorme potencial que ainda há para ser explorado nos mais diversos setores e abrir novas frentes de diálogos, cooperação e trabalho pela prosperidade de nossas nações”, disse.

Agência Brasil

Brasil e EUA concluem acordos para facilitação de investimentos

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Foto: Justin Cron/Unsplash

O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (19) que representantes do Brasil e dos Estados Unidos concluíram, há poucos dias, as negociações de três acordos demandados por empresários dos dois países, de facilitação de comércio, boas práticas regulatórias e anticorrupção. “Esse pacote triplo será capaz de reduzir burocracias e trazer ainda mais crescimento ao nosso comércio bilateral, com efeitos benéficos também para o fluxo de investimentos”, disse.

Bolsonaro participou da abertura da conferência de negócios US-Brazil Connect Summit nesta segunda-feira, de forma virtual, e convidou os investidores a examinarem a carteira de negócios do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), de concessões e privatizações do governo federal. Ele destacou as novas oportunidades de negócios no país, com a abertura do mercado brasileiro de gás natural e o fortalecimento na área de biocombustíveis, “essenciais nesse processo de reforma de nossa matriz energética”.

Para o presidente, “há um enorme potencial” na agenda de cooperação entre os dois países, e, diversas áreas de interesse comum. “Para o futuro, vislumbramos um arrojado acordo tributário, um abrangente acordo comercial e uma ousada parceria entre nossos países para redesenhar as cadeias globais de produção”, afirmou.

Durante seu discurso, o presidente também falou sobre a assinatura de acordo na área de Defesa, com a abertura de novas oportunidades de cooperação entre as Forças Armadas e as indústrias de ambos os países. “Esse é o primeiro acordo da modalidade que os EUA firmam com um país da América do Sul, o que também demonstra a disposição do lado americano em aprofundar a relação bilateral”, ressaltou.

No mesmo sentido, Bolsonaro disse que a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) é “um firme propósito do Estado brasileiro, para o qual temos muito nos empenhado, tanto em nível técnico quanto político”, com o apoio do governo dos EUA. “O ingresso do Brasil na OCDE irá gerar efeitos positivos para a atração de investimentos nacionais e internacionais e será mais uma evidência da nossa disposição em assumir compromissos e responsabilidades compatíveis com a importância do nosso país no sistema internacional.”

De acordo com Bolsonaro, sua aproximação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inaugurou “uma nova etapa no relacionamento entre as duas maiores economias e democracias do hemisfério”.

“A prioridade que o Brasil confere a essa relação é clara e sincera. Desde o início de meu governo, visitei os EUA em quatro oportunidades, e em todos estive com o presidente Trump”, afirmou.

Setor privado 

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), os acordos são pedra fundamental para futuro livre comércio entre os dois países e para evitar a dupla tributação. Na avaliação da entidade, embora não tratem de acesso a mercados, os acordos abordam temas de última geração e possibilitam a economia de custos e a ampliação da competitividade na relação entre os dois países.

“A redução da burocracia, dos custos de transação e dos atrasos desnecessários relacionados ao fluxo comercial de bens, a partir de medidas de facilitação de comércio, proporcionará maior competitividade e eficiência às operações comerciais realizadas entre os dois países”, informou em nota. “Por outro lado, o estabelecimento de boas práticas regulatórias reconhecidas contribuirá para promover maior transparência, coerência e segurança jurídica para a atividade econômica, com a consequente redução de custos e o estímulo ao crescimento e criação de empregos”.

Em 2019, o intercâmbio de bens e serviços entre Brasil e Estados Unidos foi superior a US$ 100 bilhões em 2019.

AB

Destruindo as instituições que herdamos

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No século 21, instituições internacionais perderam muito de seu prestígio e respeito.

A política e os preconceitos explicam a falta de confiança do público em organizações e instituições como a Organização Mundial da Saúde, a Comissão de Debates Presidenciais, o Prêmio Nobel da Paz, os prêmios Pulitzer e o Oscar.

Todos os superintendentes encarregados de preservar essas instituições cederam a pressões políticas de curto prazo. Como resultado, eles destruíram principalmente o que herdaram.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, é a primeira pessoa sem diploma de médico a ocupar esse cargo. Por quê? Ninguém realmente sabe.

Nos primeiros dias críticos da rápida propagação da pandemia COVID-19, quase todas as declarações emitidas por Tedros e pela OMS sobre as origens, transmissão, prevenção e tratamento do vírus eram imprecisas. Pior ainda, os anúncios refletiam previsivelmente a propaganda do governo chinês.

A Comissão bipartidária de Debates Presidenciais foi formada em 1987 com dois objetivos: garantir que, durante cada campanha presidencial, os candidatos concordassem em debater; e garantir que os debates sejam imparciais e não favoreçam nenhum dos partidos principais.

Infelizmente, em 2020, a comissão até agora tem um histórico irregular em ambos os casos.

Os conservadores argumentaram que os moderadores do primeiro debate presidencial e do vice-presidente – Chris Wallace da Fox News e Susan Page do USA Today – foram sistematicamente assimétricos em seus questionamentos.

Os moderadores pediram ao presidente Donald Trump e ao vice-presidente Mike Pence que explicassem citações polêmicas anteriores e, em seguida, respondessem às acusações dos críticos. Os moderadores não colocaram o mesmo tipo de pegadinha “Quando você parou de bater em sua esposa?” perguntas ao candidato democrata à presidência Joe Biden ou à candidata à vice-presidência Kamala Harris.

Embora o debate vice-presidencial tenha sido conduzido com distanciamento social adequado, junto com telas e testes para proteger os candidatos, a comissão cancelou abruptamente o segundo debate presidencial ao vivo por uma questão de segurança e insistiu que fosse conduzido remotamente.

Mesmo assim, os médicos da Casa Branca inocentaram Trump, que recentemente contraiu COVID-19, como sendo medicamente capaz de debater e não mais infeccioso.

A percepção pública era de que um debate remoto favoreceria Biden, que usa frequentemente o teleprompter, que tem estado em grande parte abrigado em sua casa durante os últimos seis meses, e seria menos vantajoso para Trump, que prospera na televisão ad hoc ao vivo.

Susan Page está atualmente escrevendo uma biografia do principal antagonista de Trump, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi (D., Califórnia). O moderador designado do, agora cancelado, segundo debate do presidente, Steve Scully da C-SPAN, uma vez internado pelo vice-presidente Joe Biden.

O Prêmio Nobel da Paz tem sido criticado ao longo dos anos por não reconhecer adequadamente as realizações diplomáticas ou humanitárias.

Yasser Arafat, da Organização para a Libertação da Palestina, ganhou o prêmio em 1994, apesar de conduzir operações terroristas letais. Ele teria dado a ordem final para executar o embaixador dos EUA no Sudão, Cleo Noel, e dois outros diplomatas em 1973.

Em 2009, o Prêmio Nobel da Paz foi para o presidente Barack Obama, apesar de Obama ter sido presidente há apenas oito meses quando o prêmio foi anunciado. Muitos sentiram que o prêmio foi uma declaração política – com o objetivo de dar poder a Obama e criticar as políticas de seu antecessor então impopular, George W. Bush.

Muito mais tarde, Geir Lundestad, o diretor de longa data do Instituto Nobel, confessou que o comitê do prêmio realmente esperava que o prêmio fortalecesse as agendas futuras de Obama e não era realmente um reconhecimento a qualquer coisa que ele tivesse realmente feito.

“Até mesmo muitos dos apoiadores de Obama acreditaram que o prêmio foi um erro”, lamentou Lundestad em suas memórias. “Nesse sentido, o comitê não alcançou o que esperava”.

No início deste ano, a repórter do New York Times, Nikole Hannah-Jones, ganhou o prestigioso Prêmio Pulitzer por seu trabalho no Projeto 1619. Ela argumentou que 1619, o ano em que os escravos africanos chegaram pela primeira vez em solo norte-americano, e não 1776, marcou a verdadeira fundação da América.

Quase imediatamente, ilustres historiadores americanos citaram erros factuais e incoerência geral no Projeto 1619 – especialmente a afirmação de Hannah-Jones de que os Estados Unidos foram criados para promover e proteger a escravidão.

Enfrentando uma tempestade de críticas, Hannah-Jones falsamente rebateu que nunca havia antecipado uma data revisionista da fundação “real” da America. No entanto, mesmo o New York Times – sem explicação – apagou de seu próprio site a descrição anterior de Hannah-Jones de 1619 como “nossa verdadeira fundação”.

O Oscar anual já foi um dos eventos mais assistidos na América. Em 2020, no entanto, a audiência do Oscar caiu para o nível mais baixo da história, devido em grande parte à reação contra a politicagem de esquerda, sermões e sinalizar virtude dos vencedores do prêmio.

Recentemente, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que supervisiona o Oscar, anunciou que adotará cotas de raça, gênero e identidade sexual para os indicados – refutando a antiga ideia de “arte pela arte”.

Essa ideologia também infectou e, portanto, manchou os prêmios Grammy e Emmy, e a sinalização de virtude da esquerda também se tornou parte da NFL e da NBA.

A lição em todos esses desastres é que em qualquer lugar que a ideologia supere a ciência, o serviço público, a história, a arte e o entretenimento, a ruína certamente se seguirá.


VICTOR DAVIS HANSON é historiador da Hoover Institution, da Universidade de Stanford, e autor de AS SEGUNDAS GUERRAS MUNDIAIS: como o primeiro conflito global foi travado e vencido@vdhanson

Governo zera imposto de importação da soja e do milho

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Foto: pixabay

Maior exportador mundial de soja, o Brasil decidiu suspender a cobrança de impostos de importação do grão, bem como do farelo e do óleo de soja, até 15 de janeiro de 2021. A decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Economia, se aplica também à importação de milho, cuja alíquota de importação será zerada até 31 de março do próximo ano.

As medidas temporárias foram foram aprovadas ontem (16), durante reunião do Comitê Executivo de Gestão – órgão da Camex responsável por, entre outras coisas, estabelecer o percentual ou valor aplicado no cálculo de um tributo e formular diretrizes da política tarifária na importação e na exportação.

A proposta de reduzir as alíquotas da soja partiu do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, enquanto o Ministério da Economia propôs à Camex que zerasse o tributo cobrado das importações de milho como forma de conter a alta de preços dos alimentos.

No fim de setembro, quando teve início o plantio da safra de soja para 2020/2021, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) estimou que a área semeada com a principal commoditie brasileira deve aumentar 3,8% em comparação ao ciclo 2019/2020, e que a produção crescerá 3,4% relação ao período anterior, podendo superar 129 milhões de toneladas.

De acordo com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a soja em grãos, o farelo de soja e o milho estão entre os cinco principais produtos exportados pelo Brasil durante o mês de setembro, junto com o açúcar de cana em bruto e a carne bovina in natura. Somados, os cinco produtos representam mais da metade (55,4%) de toda a exportação nacional mensal – que foi 4,8% superior ao resultado do mesmo mês de 2019. Além disso, a soja em grãos ocupa o topo do ranking dos produtos exportados que o país vendeu para outras nações entre janeiro e setembro, com um acréscimo de US$ 5,9 bi em relação ao período anterior, o que representa um ganho da ordem de quase 28%.

Arroz

No começo de setembro, o governo já havia adotado medida semelhante em relação ao arroz em casca e beneficiado, cujo imposto de importação foi zerado até 31 de dezembro deste ano. Na ocasião, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a medida era necessária para tentar conter a alta do preço do produto e evitar um eventual desabastecimento.

“As medidas que podiam ser tomadas, foram tomadas, para fazer a estabilidade e o equilíbrio para esse produto”, disse a ministra em um vídeo publicado em suas redes sociais. “O Brasil abriu mão, tirou a alíquota de importação, para que o produto [arroz] de fora pudesse entrar e trazer um equilíbrio para os preços. Abrimos somente uma cota, porque não temos necessidade de muito arroz, mas isso é uma cota de reserva, para que possamos ter a tranquilidade de que o preço vai voltar, vai ser equilibrado, e que o produto continuará na gôndola para todos os brasileiros”, disse Tereza Cristina, à época.

AB

Produção brasileira de aço cresce 7,5% em setembro

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A produção brasileira de aço somou 2,6 milhões de toneladas em setembro deste ano, com aumento de 7,5% em comparação ao mesmo mês de 2019. Em relação a agosto deste ano, porém, houve retração de 4,7%, atribuída à queda da produção de semiacabados, de 31,9%. Em setembro, foram produzidas 456 mil toneladas de semiacabados para vendas.

Segundo o Instituto Aço Brasil, no mês passado, a produção de laminados foi de 1,9 milhão de toneladas, inferior em 2,6% à registrada em setembro do ano passado.

As vendas internas evoluíram 7,1% em setembro, comparativamente ao mês anterior, e 11,8% ante setembro de 2019, confirmando a rápida recuperação do mercado interno, disse o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes.

“As vendas internas de laminados em setembro ficaram 15,5% acima da média das vendas de 2018 e 2019. Não procedem, portanto, as especulações de que estaria havendo desabastecimento do mercado interno, devido ao retardamento no religamento dos altos-fornos do setor e ao incremento das exportações. Estas, em setembro, ficaram 14,2% abaixo da média das exportações realizadas em 2019.” Lopes informou que o consumo aparente de produtos siderúrgicos subiu 8% em setembro relação a agosto, sobretudo por causa do crescimento das vendas internas.

Melhores níveis

Marco Lopes lembrou que, em abril deste ano, no período mais grave da crise de demanda, devido à pandemia do novo coronavírus, a indústria brasileira do aço operou com apenas 42% da capacidade instalada e foi , sendo obrigada a desligar altos-fornos, aciarias e laminações. Com a recuperação do mercado interno, as empresas religaram seus equipamentos e passaram a produzir e a vender para o mercado interno em níveis superiores aos de janeiro e fevereiro de 2020, acrescentou.

O consumo aparente de produtos siderúrgicos atingiu 1,9 milhão de toneladas, 8,2% acima do registrado em igual mês do ano passado.

De acordo com o Instituto Aço Brasil, as exportações de setembro, em comparação com as do mesmo mês de 2019, tiveram queda de 20,9% em volume e de 27,4% em valor. Foram vendidas 756 mil toneladas, com receita de US$ 379 milhões. Isso ocorreu também com as importações, que totalizaram 142 mil toneladas em setembro (-22,9%) e US$ 171 milhões em valor (-19%).

Acumulado

No acumulado de janeiro a setembro deste ano, a produção nacional de aço bruto totalizou 22,3 milhões de toneladas, com redução de 9,7% ante o mesmo período do ano anterior. A produção de laminados ficou em 15,5 milhões de toneladas, com queda de 10,8% em relação ao mesmo período de 2019. Na produção de semiacabados (5,9 milhões de toneladas), houve retração de 10,4% na mesma base de comparação.

As vendas internas de janeiro a setembro atingiram 13,5 milhões de toneladas, com queda de 4,2% em relação a igual período do ano passado. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de  14,9 milhões de toneladas no acumulado até setembro, representando queda de 5,5% ante o apurado no mesmo período de 2019.

De janeiro a setembro, as importações alcançaram 1,5 milhão de toneladas, com redução de 22,9% em volume e recuo de 18,6% em valor (US$ 1,6 bilhão) em relação a igual período do ano passado. As exportações somaram 8,6 milhões de toneladas no acumulado até setembro, com queda de 9,9% em relação a igual período de 2019. Em termos de valor, que atingiu US$ 4,2 bilhões.houve queda de 25,5%.

Destaques

Considerando a distribuição regional da produção, o estado de Minas Gerais manteve-se na liderança, com 817 mil toneladas de aço bruto e participação de 31,8% do total, seguido pelo Rio de Janeiro, com 764 mil toneladas e 29,7% de participação.

No ranking da produção mundial, o Brasil ficou na nona posição entre os meses de janeiro e agosto deste ano, com total de 19,77 milhões de toneladas, 11,6% abaixo do mesmo período de 2019. De janeiro a agosto, a China foi a líder entre os países produtores, com 690,76 milhões de toneladas, aumento de 3,9% ante igual período do ano passado.

Confiança

O Instituto Aço Brasil divulgou ainda o Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) referente ao mês de outubro.

Segundo Marco Polo de Mello Lopes, neste mês, o índice alcançou 85,2 pontos, evoluindo 13 pontos na comparação com o apurado em setembro. “A rápida recuperação da atividade da indústria do aço elevou a confiança dos empresários do setor para patamares recordes em todos os indicadores de situação atual e de perspectivas”, afirmou Lopes.

AB

Atividade econômica tem alta de 1,06% em agosto, diz Banco Central

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Foto: Eduardo Arsand/Pixabay

A atividade econômica brasileira registrou alta em agosto, de acordo com os dados divulgados hoje (15) pelo Banco Central (BC). É o quarto mês consecutivo de crescimento, após as quedas nos meses de março e abril, devido às medidas de isolamento social necessárias para o enfrentamento da pandemia de covid-19.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), dessazonalizado (ajustado para o período), apresentou expansão de 1,06% em agosto, em relação a julho. Mas na comparação com julho de 2019, houve queda de 3,92% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). Em 12 meses encerrados em agosto, o indicador também teve queda de 3,09%. No ano, o IBC-Br ficou negativo em 5,44%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

O indicador foi criado pelo Banco Central para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. Entretanto, o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o mercado financeiro, o PIB deve registrar queda de 5,03%, em 2020.

AB

Volume de serviços cresce 2,9% de julho para agosto

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Foto: pixabay

O volume do setor de serviços no Brasil teve alta de 2,9% em agosto deste ano, na comparação com o mês anterior. Essa é a terceira alta consecutiva do indicador, que acumula ganhos de 11,2% no período. Os dados foram divulgados hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em sua Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

As altas vieram depois de quatro taxas negativas, ocorridas entre fevereiro e maio deste ano, principalmente por conta da pandemia de covid-19. Naquele período, houve uma perda acumulada de 19,8%.

Apesar dos ganhos em relação a julho, em agosto foram registradas perdas de 10% na comparação com agosto do ano passado, de 9% no acumulado do ano e de 5,3% no acumulado de 12 meses.

Na passagem de julho para agosto, houve altas em quatro das cinco atividades pesquisadas, com destaque para serviços prestados às famílias (33,3%). Também foram observadas taxas de crescimento nos transportes, serviços auxiliares de transportes e correio (3,9%), serviços profissionais, administrativos e complementares (1%) e outros serviços (0,8%).

Por outro lado, houve queda de 1,4% nos serviços de informação e comunicação.

A receita nominal teve alta de 3,5% na passagem de julho para agosto deste ano, mas registrou quedas de 10,4% na comparação com agosto do ano passado, de 8,2% no acumulado do ano e de 3,7% no acumulado de 12 meses.

AB

A OMS se contradiz e alerta sobre os danos econômicos de um lockdown

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Foto: Gerd Altmann/Pixabay

A Organização Mundial da Saúde alertou os líderes contra confiar no lockdown para combater os surtos – após ter dito anteriormente que os países deveriam ter cuidado com a rapidez com que reabrem.

O enviado da OMS, Dr. David Nabarro, disse que tais medidas restritivas deveriam ser tratadas apenas como último recurso, informou a revista britânica The Spectator em uma entrevista em vídeo.

“Nós, da Organização Mundial da Saúde, não defendemos o lockdown como o principal meio de controle desse vírus”, disse Nabarro.

“A única vez em que acreditamos que o lockdown se justifica é para ganhar tempo para reorganizar, reagrupar, reequilibrar seus recursos, proteger seus profissionais de saúde que estão exaustos, mas em geral preferimos não fazer isso.”

Nabarro disse que restrições rígidas causam danos significativos, particularmente na economia global.

“O lockdown tem apenas uma consequência que você nunca deve menosprezar, que é tornar os pobres muito mais pobres”, disse ele.

Ele acrescentou que o lockdown afetou severamente os países que dependem do turismo.

“Basta ver o que aconteceu com a indústria do turismo no Caribe, por exemplo, ou no Pacífico porque as pessoas não estão tirando férias”, disse Nabarro.

“Veja o que aconteceu com os pequenos agricultores em todo o mundo. Veja o que está acontecendo com os níveis de pobreza. Parece que podemos muito bem ter a duplicação da pobreza mundial no próximo ano. Podemos muito bem ter pelo menos o dobro da desnutrição infantil. ”

A agência da ONU já alertou os países contra a suspensão do lockdown muito cedo durante a primeira onda do vírus.

“A última coisa que qualquer país precisa é abrir escolas e empresas, apenas para ser forçado a fechá-los novamente por causa de um ressurgimento”, disse o Diretor-Geral Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Mas Tedros pediu aos países que apoiassem outras medidas, incluindo testes generalizados e rastreamento de contatos, para que pudessem reabrir com segurança e evitar a possibilidade de um lockdown futuro.

“Precisamos chegar a uma situação sustentável em que tenhamos controle adequado deste vírus sem desligar totalmente nossas vidas, ou cambalear de um bloqueio para outro – o que tem um impacto extremamente prejudicial para as sociedades”, disse ele.

Fox News